Capítulo LXXVIII
A Restauração de Israel
A restauração de Israel à Palestina e a futura conversão desta
nação a Cristo ocupam um lugar importante na profecia bíblica. O retorno de
Israel para a Terra Santa é um evento que está ocorrendo hoje, e é um sinal
importante de que a segunda vinda de Cristo está próxima.
I. A Necessidade de Escolher Uma
Nação
Depois do dilúvio, as nações originaram-se dos três filhos de Noé.
“Estes três foram os filhos de Noé; e destes se povoou toda a terra” (Gênesis
9:19). Estas são as famílias dos filhos de Noé, segundo as suas gerações, em
suas nações; e destes foram divididas as nações na terra, depois do dilúvio”
(Gênesis 10:32). As nações recém-formadas logo se degeneraram para o paganismo.
Elas esqueceram o único Deus verdadeiro; elas viveram em pecado. Elas mudaram a
adoração a Deus em idolatria (Romanos 1:21-23) e a verdade de Deus em mitologia
(Romanos 1:25). Habitando na escuridão do paganismo, as nações não estavam agradando
a Deus. Ele desejava que todas as nações O adorassem como único Deus verdadeiro
e que vivessem de acordo com Sua verdade e justiça. Porém, através de Seu plano
de salvação, Deus propôs resgatar as nações da escuridão e restaurá-las para a
luz. Ele planejou salvá-las do pecado para a justiça, da idolatria para o
monoteísmo e da mitologia para a verdade.
Para executar Sua obra de resgate das nações para Si mesmo, Deus planejou
atuar através de uma nação escolhida. Esta nação escolhida seria um exemplo e
uma testemunha missionária para as outras nações. Ela seria um meio para
restaurar as outras nações para Deus. Que nação Deus escolheria para realizar
esta obra de redenção? Deus escolheria o Egito? Ele escolheria a China?
Escolheria a Babilônia? Nenhuma das nações existentes sobre a terra estava
qualificada para esta obra de redenção. Todas as nações se degeneraram em
paganismo; todas igualmente tinham necessidade de redenção. Deus não poderia
usar qualquer nação que já existisse. Sendo assim, Deus planejou formar Sua
própria nação especial para aquele propósito especial.
II. A Formação da Nação Escolhida
Deus escolheu Abraão para se tornar o fundador da nação
missionária escolhida por Ele, Israel. Israel nunca teria existido se não fosse
pela obra de Deus. Abraão e sua esposa Sara não tinham filhos e não tinham
esperança de ter filhos. A origem, continuação e preservação da nação resultou
da obra miraculosa de Deus. Deus disse a Abraão: “De ti farei uma grande nação”
(Gênesis 12:2 ARA). A grande nação deve a sua origem a Deus.
Israel, a nação especial de Deus, foi escolhida e exaltada sobre
todas as outras nações. “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes
o meu concerto, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os
povos; porque toda a terra é minha. E vós me sereis reino sacerdotal e povo
santo” (Êxodo 19:5,6). “Porque povo santo és ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu
Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que
sobre a terra há” (Deuteronômio 7:6). “Porque és povo santo ao Senhor, teu
Deus, e o Senhor te escolheu de todos os povos que há sobre a face da terra, para
lhe seres o seu povo próprio” (Deuteronômio 14:2). “E o Senhor, hoje, te fez
dizer que lhe serás por povo seu próprio, como te tem dito, e que guardarás
todos os seus mandamentos. Para assim te exaltar sobre todas as nações que fez,
para louvor, e para fama, e para glória, e para que sejas um povo santo ao Senhor,
teu Deus, como tem dito” (Deuteronômio 26:18,19). “Mostra a sua palavra a Jacó,
os seus estatutos e os seus juízos, a Israel. Não fez assim a nenhuma outra
nação; e, quanto aos seus juízos, nenhuma os conhece. Louvai ao Senhor!”
(Salmos 147:19,20).
Tendo um ministério missionário para o Seu povo escolhido, Deus os
colocou na terra de Canaã, que é uma ponte entre três continentes (Ásia, África
e Europa), na encruzilhada das nações, no coração da terra. Israel deveria ser
“uma cidade colocada sobre um monte”. Ela deveria ser uma luz brilhando na
escuridão do paganismo. Israel deveria ser uma nação sacerdotal e levar as
nações de volta para Deus.
A história do Velho Testamento registra a triste história da
incapacidade de Israel em se manter como um povo separado e nação missionária.
Ela relata o registro trágico do pecado de Israel e da apostasia em relação a
Deus. No entanto, a profecia bíblica mostra a restauração dos judeus, sua
futura purificação e conversão a Cristo e sua exaltação sobre as nações. No
futuro reino de Cristo, o Israel redimido cumprirá o propósito missionário original
de Deus (Isaías 60:1-22; 61:5,6; 66:19-21; Zacarias 8:20-23).
III. O Concerto de Deus com
Abraão
A terra da Palestina pertence aos judeus. Deus, que é o dono do
universo, prometeu aquela terra a Israel por possessão eterna. Para muitos
observadores, o futuro destino da Palestina é um tema de especulação.
Entretanto, para os estudantes da Bíblia, não há necessidade de suposições. A
Palestina é a Terra Santa da Bíblia, e a Palavra de Deus é muito clara quando
diz a quem pertence a terra. Aquela terra pertence a Israel.
Gênesis 12:1-3,7 Terra
prometida, semente, bênção
Gênesis 13:14-17 Toda
a terra que ele podia ver
Gênesis 15:5-7,18 À tua semente tenho dado esta terra
Gênesis 17:1-8 Por
concerto perpétuo, perpétua possessão
Gênesis 22:16-18 Em
tua semente serão benditas todas as nações
Romanos 4:13 Herdeiro
do mundo
Deus chamou Abraão da cidade de Ur do Caldeus para a terra de
Canaã. Num concerto solene, Deus deu a terra a Abraão e aos seus descendentes depois
dele por possessão eterna. Gênesis 17:7,8 pode ser descrito como um termo de
garantia da terra prometida, mediante o qual a posse eterna de Abraão está
assegurada: “E estabelecerei o meu concerto entre mim e ti e a tua semente
depois de ti em suas gerações, por concerto perpétuo, para te ser a ti por Deus
e à tua semente depois de ti. E te darei a ti e à tua semente depois de ti a
terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão, e
ser-lhes-ei o seu Deus”.
As promessas do concerto de Deus foram repetidas ao filho de
Abraão, Isaque (Gênesis 26:2-5), ao filho de Isaque, Jacó (Gênesis 28:13-15;
35:10-12), e aos doze filhos de Jacó (Êxodo 2:23-25). Os descendentes dos doze
filhos de Jacó formaram a nação, Israel (1 Crônicas 16:13-19).
1. Promessas Ainda Por Cumprir. As promessas de Deus a Abraão e a Israel não foram completamente
cumpridas. Essas promessas terão cumprimento no Reino de Cristo. Estevão, em
seu sermão histórico, mencionou que Abraão não herdou essas promessas durante a
sua vida. “Então, saiu da terra dos caldeus e habitou em Harã. E dali, depois
que seu pai faleceu, Deus o trouxe para esta terra em que habitais agora. E não
lhe deu nela herança, nem ainda o espaço de um pé; mas prometeu que lhe daria a
posse dela e, depois dele, à sua descendência, não tendo ele filho” (Atos
7:4,5). “Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas, mas,
vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando-as, confessaram que eram
estrangeiros e peregrinos na terra” (Hebreus 11:13). Abraão e outros crentes
fiéis serão ressuscitados da morte e herdarão estas promessas eternas no futuro
reino de Cristo. Jesus disse: “Mas eu vos digo que muitos virão do Oriente e do
Ocidente e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no Reino dos
céus” (Mateus 8:11). “Ali, haverá choro e ranger de dentes, quando virdes
Abraão, e Isaque, e Jacó, e todos os profetas no Reino de Deus e vós, lançados
fora” (Lucas 13:28).
2. Bênçãos Condicionais. Deus advertiu aos Israelitas que o privilégio de habitar a terra
prometida dependia da sua obediência a Ele. Como punição pelos seus pecados,
Deus os colocaria para fora da terra (Levítico 26:27-34; Deuteronômio 28:1-67;
Josué 24:13-20). A nação do conserto e a terra prometida estão ligadas entre si.
Em todo o tempo em que os israelitas habitaram a terra da Palestina, eles
receberam bênçãos. Em todas as vezes que deixaram a terra, eles receberam
escravidão (Egito), cativeiro (Babilônia) e perseguição (dispersão mundial).
IV. Três Partidas e Retornos
Por três vezes os israelitas deixaram a terra prometida. Três
vezes eles retornaram ou estão retornando para o lar. Cada partida a cada
retorno à terra foi profetizada na Palavra de Deus.
1. Egito. A primeira partida de Israel da terra prometida ocorreu durante o
tempo de José, quando Jacó e sua família foram ao Egito para escapar da fome em
Canaã. Durante a sua permanência no Egito, os descendentes de Jacó foram
sujeitos à extrema escravidão pelos egípcios. Através de Moisés, Deus libertou
os israelitas da escravidão egípcia e permitiu que eles retornassem para a
terra de Canaã. A escravidão de Israel no Egito (Gênesis 15:13; Atos 7:6) e o
retorno da nação à terra prometida (Gênesis 15:14,16; Atos 7:7; Gênesis
50:24-26; Hebreus 11:22) foram profetizados. E essas profecias se cumpriram.
2. Babilônia. A segunda partida de Israel da terra da promessa ocorreu durante
o tempo de Daniel, quando o rei da Babilônia, Nabucodonozor, levou o povo em
cativeiro para a Babilônia. Nem todos os judeus, é claro, foram deportados para
a Babilônia; muitas pessoas foram deixadas nas áreas rurais para cuidar da
terra. Era a esses judeus que Jeremias, o profeta, ministrava. A deportação dos
judeus para a Babilônia começou em 606 a.C. O cativeiro babilônico durou
setenta anos. O cativeiro foi profetizado (Jeremias 25:8-11; Ezequiel 21:18-27)
e se cumpriu (2 Crônicas 36:15-21). O retorno dos judeus depois de setenta anos
também foi predito (Jeremias 25:12-14; Isaías 44:28; 45:1-4), e essas profecias
se cumpriram (2 Crônicas 36:22,23; Esdras 1:1-11; Daniel 9:1,2). O retorno dos
judeus sob Esdras e Neemias não cumpriu muitas profecias concernentes ao futuro
retorno de Israel à Palestina. Essas profecias começam a se cumprir hoje e
estarão cumpridas quando Jesus voltar. Muitos judeus que viviam na Babilônia
nunca retornaram para Canaã. Além disso, um grande grupamento de judeus que
escapou da deportação para a Babilônia foi para o Egito e começou lá uma
importante colônia judaica.
3. Dispersão Mundial. A terceira partida dos judeus da Palestina começou em 70 d.C. e
completou-se no ano 135 d.C. Essa partida resultou na dispersão mundial da
nação escolhida por Deus. Hoje, depois de quase dois milênios, a restauração de
Israel começou a se cumprir. A dispersão de Israel foi profetizada e tornou-se
realidade. A restauração de Israel à terra prometida foi profetizada da mesma
forma, e essas profecias também serão cumpridas.
V. A Dispersão Mundial de Israel
1. A Dispersão Mundial Foi Predita. Através de Sua Palavra, Deus advertiu os israelitas que Ele os espalharia
entre todas as nações como punição pela desobediência.
Deuteronômio 4:27 Vos
espalhará entre os povos
Deuteronômio 28:63,64 Vos
espalhará entre todos os povos
Jeremias 9:16 Os espalharei entre nações que não
conheceram
Jeremias 31:27 Semear
Israel com a semente de homens
Ezequiel 11:16 Lancei
para longe entre as nações
Ezequiel 37:1,2,11 Como vale de ossos secos
Ezequiel 39:23-28 Cativeiro
por causa da sua iniquidade
Oséias 3:4 Ficarão
por muitos dias sem rei
Zacarias 10:9 Os semearei entre os povos
Mateus 23:35-39 A
vossa casa vos ficará deserta
Mateus 24:1,2 Destruição
do templo
Lucas 21:20-24 Jerusalém
será pisada pelos gentios
2. A Perseguição de Israel Foi
Predita. Espalhado entre as nações, o povo escolhido
de Deus experimentaria extrema perseguição. Eles fugiriam de país para país;
eles não encontrariam descanso para a planta de seus pés. Deus disse a Abraão:
“E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem” (Gênesis
12:3). As nações que favoreceram os judeus têm sido abençoadas; elas têm
prosperado. Porém, nações que perseguiram os judeus têm experimentado maldição,
dificuldade e tragédia. A perseguição dos judeus foi predita na Palavra de
Deus.
Deuteronômio 28:65-67 Sem
repouso para a planta dos pés
Levítico 26:33-45 Pavor em seus corações
Salmos 44:14 Um
provérbio entre as nações
3. A Dispersão Mundial se Cumpriu. Durante a era do Novo Testamento, amplas colônias de judeus
viviam em todas as maiores cidades e províncias do Império Romano. O número de
judeus vivendo fora da terra prometida era maior do que o número dos que viviam
na terra. Muitos judeus que foram para a Babilônia e o Egito durante o tempo de
Daniel, Ezequiel e Jeremias jamais retornaram para o lar. Na verdade, durante o
ministério terreno de nosso Senhor, Babilônia e Alexandria eram os dois maiores
centros do pensamento e cultura judaica. Os judeus da dispersão que eram
representados pela Babilônia falavam a língua aramaica e dialetos afins, e
interpretaram o Velho Testamento por paráfrases dos caldeus, os Targuns. Por
outro lado, os judeus de Alexandria, no Egito, falavam a língua grega e
produziram a Septuaginta, ou a tradução grega do Velho Testamento. Países e
línguas do mundo romano representados pelos judeus em Jerusalém no Pentecostes
(Atos 2:8-11) revelam a extensão da dispersão judaica naquele tempo. Quando
Paulo saiu em suas jornadas missionárias, encontrou um grupo de judeus em quase
toda cidade que visitou. Embora esses judeus residissem em várias áreas do
Império Romano, Jerusalém era seu centro de unidade religiosa e política.
A grande dispersão mundial dos judeus de Jerusalém e da Palestina
começou em 70 d.C. e foi concluída em 135 d.C. Em 70 d.C., quarenta nos depois
da crucificação de Jesus, Jerusalém foi destruída pelos romanos, sob a liderança
de Tito. O colapso do estado nacional judaico ocorreu em 135 d.C., quando o
general romano, Julius Severus, derrotou Simon Bar Kochba, que liderou uma
revolta contra Roma. Mais de 500.000 judeus foram mortos em batalha. Os judeus
foram dispersos da Judeia e foram espalhados entre as nações da terra. Por
ordem do imperador romano Adriano, o nome próprio da província dos Judeus foi
descartado e mudado para Síria Palestina. Jerusalém foi feita uma cidade pagã,
e os judeus foram impedidos de adentrar seus portões sob pena de morte. A
perseguição aos judeus tornou-se comum em toda parte do império.
Durante os séculos que se seguiram, não foi permitido aos judeus
viverem na terra que lhes pertencia. Porém, os fiéis em Israel nunca descansariam
até que pudessem retornar ao seu antigo lar. A cada ano eles sonhavam com o
retorno à terra que Deus prometeu a Abraão e sua semente. Em cada Festa da
Páscoa eles diriam: “Próximo ano em Jerusalém! Próximo ano em Jerusalém!”. Porém,
por cerca de dezenove séculos, o “próximo ano” não veio. Eles continuaram sendo
espalhados pela terra enquanto a terra prometida era governada pelos romanos,
muçulmanos e turcos. Onde quer que os judeus fossem, levavam bênçãos e
prosperidade para as nações. Os judeus sofreram uma perseguição quase
constante, mesmo fugindo de um país para outro. Durante a Era da Igreja, os
judeus foram semeados entre a semente dos homens. Eles residiram em quase todos
os países da terra. As profecias bíblicas a respeito da dispersão e da perseguição
mundial do povo escolhido de Deus se cumpriram literalmente.
VI. A Restauração de Israel à
Terra Prometida
1. A Restauração Prometida
Deuteronômio 30:3-5 Te
trará à terra
Isaías 11:11,12 Dos
quatro confins da terra
Isaías 27:12,13 Sereis
colhidos um a um
Isaías 60:21 Herdarão
a terra para sempre
Isaías 61:3-11 Edificarão
os lugares assolados
Isaías 65:17-25 Alegria
para Jerusalém e seu povo
Jeremias 23:3-8 Ofuscar
o Êxodo
Jeremias 24:5-7 Nunca
mais deixarão a terra
Jeremias 30:3,7-11 Farei tornar do cativeiro
Jeremias 30:17-22 A
cidade será reedificada
Jeremias 31:7-12 Em
grande congregação voltarão
Jeremias 31:23-37 Quando
eu acabar o seu cativeiro
Jeremias 32:37-44 Os
congregarei de todas os terras
Jeremias 33:7-14 Remover
o cativeiro de Judá e de Israel
Ezequiel 11:17-21 E
vos darei a terra de Israel
Ezequiel 20:34,40-44 Voltar
à terra de Israel
Ezequiel 28:25,26 Congregar
a casa de Israel
Ezequiel 34:11-16 Como
o pastor busca o seu rebanho
Ezequiel 34:23-31 Habitarão
seguramente
Ezequiel 36:8-12 Vos
farei habitar como dantes
Ezequiel 36:16-38 Por
amor do meu santo nome
Ezequiel 37:1-14 Ossos
secos revivem
Ezequiel 37:15-28 Uma
nação, um rei
Ezequiel 38:8,11,12,14 O
povo que se ajuntou dentre as nações
Ezequiel 39:25-29 Toda
a casa de Israel
Oséias 1:10,11 Juntos
se congregarão
Oséias 3:5 Os
filhos de Israel retornarão
Joel 3:1,17-21 Removerei o cativeiro de Judá
Amós 9:11-15 Não
serão mais arrancados da sua terra
Miquéias 2:12 Congregarei
como rebanho no seu curral
Sofonias 3:20 Reconduzir os vossos cativos
Zacarias 8:7,8 Os salvarei do oriente e do ocidente
Zacarias 8:13,23 E
sereis uma bênção
Zacarias 10:10-12 Porque
eu os farei voltar
Salmos 102:16 Quando
o Senhor edificar a Sião
Mateus 24:31-34 A
nação da figueira
Romanos 11:11-27 Todo o Israel será salvo
2. O Início da Restauração. Durante a metade do século dezenove, alguns poucos judeus
espalhados pelo mundo começaram a erguer suas vozes num apelo para que seus
irmãos retornassem à Palestina. Em 25 de agosto de 1897, o Primeiro Congresso
Sionista ocorreu na cidade de Basileia, Suíça. Esse encontro de judeus foi
convocado por um judeu austríaco, Teodor Herzl, que foi o pai do Sionismo
moderno. Pelos próximos cinquenta anos, a organização Sionista planejou e trabalhou
para alcançar sua ambição, que foi finalmente cumprida com a formação do novo
estado de Israel.
A Inglaterra, em 2 de novembro de 1917, publicou a famosa Declaração Balfour, chamada pelo nome do
Secretário Britânico do Exterior, Arthur James Balfour. Nesse documento lê-se, na
íntegra:
Caro Lorde Rothschild,
Tenho o prazer de endereçar à Vossa Senhoria,
em nome do Governo de Sua Majestade, a seguinte declaração de simpatia quanto
às aspirações Sionistas, declaração submetida ao Gabinete e por ele aprovada.
O Governo de Sua Majestade encara favoravelmente
o estabelecimento na Palestina de um lar nacional para o povo judeu e empregará
todos os seus esforços no sentido de facilitar a realização desse objetivo, entendendo-se
claramente que nada será feito que possa atentar contra os direitos civis e
religiosos das coletividades não judaicas existentes na Palestina, nem contra os
direitos e o status político de que gozam os judeus em qualquer outro país.
Desde já, declaro-me extremamente grato à
Vossa Senhoria pela gentileza de encaminhar esta declaração ao conhecimento da
Federação Sionista.
Arthur James Balfour
Durante a Primeira Guerra Mundial, o General Edmund Allenby, como
comandante supremo da Força Expedicionária Britânico-Egípcia, invadiu a
Palestina e, aos 9 de dezembro de 1917, capturou Jerusalém sem troca de tiros.
O governo turco sobre a Palestina teve um fim. No Tratado de Sevres, em 10 de agosto
de 1920, a Turquia renunciou seus antigos direitos sobre a Palestina para os aliados.
No mesmo ano, a Liga das Nações deu à Grã-Bretanha a jurisdição sobre a terra
santa, o que se efetivou em 23 de setembro de 1923. Desta forma, o caminho
estava aberto para os judeus irem para o lar. Desde aquele tempo, a restauração
de Israel começou a se tornar realidade. Durante a Segunda Guerra Mundial, os judeus
que viviam na Europa sofreram extrema perseguição, o que resultou num desejo
intenso entre os judeus de retornarem para casa. Em 1939, devido às hostilidades
Árabe-Judaicas, a Grã-Bretanha renunciou sua Declaração Balfour e restringiu abruptamente
a imigração judaica para a Palestina. Em 29 de novembro de 1947, as Nações
Unidas adotaram o Plano de Partilha da Palestina, assegurando certos
territórios aos judeus e outros aos árabes. Aos 11 de dezembro de 1947, a
Grã-Bretanha anunciou que terminaria o seu mandato sobre a Palestina em 15 de maio
de 1948.
À meia-noite de 14 para 15 de maio de 1948, os judeus na Palestina
anunciaram a formação do novo estado de Israel, com o Sr. David Ben-Gurion como
primeiro ministro, e Dr. Chaim Weismann como primeiro presidente. Desde então,
a maioria das nações do mundo reconheceram o novo governo. No dia 11 de maio de
1949, Israel foi aceito como a quinquagésima nona nação membro das Nações
Unidas. Os judeus de todas as nações do mundo eram bem-vindos ao novo estado
Judaico. Em 1900, havia cerca de 50.000 judeus na Palestina; em 1936, o número
havia crescido para 375.000 pessoas. Em 1960 a população judaica na Palestina já
havia superado um milhão de pessoas. À medida que retornam para o lar, a terra
prometida está sendo reconstruída; os desertos estão sendo transformados em
jardins. As chuvas na Palestina mais que dobraram nos anos recentes. A terra
está recebendo bênçãos porque o povo da terra está retornando para o lar. A
restauração de Israel à Palestina está se tornando uma realidade. A restauração
final e completa, obviamente, ocorrerá quando Jesus voltar.
VII. A Futura Conversão de Israel
O retorno de Israel à Palestina e seu retorno a Deus estão ligados
entre si. Como uma nação, Israel está retornando incrédulo à Palestina. O
“endurecimento em parte” ainda está presente sobre Israel, porque a Igreja
ainda não se completou; “a plenitude dos gentios” ainda não se cumpriu (Romanos
11:25,26). A Grande Tribulação, o “tempo da tribulação de Jacó” (Jeremias
30:7), cairá sobre os judeus como sua última grande perseguição. A conversão da
nação de Israel ainda é futura. Quando Jesus retornar à terra como Rei dos
reis, Israel O aceitará como o tão esperado Messias. Quando eles O verem, se
arrependerão dos seus pecados e serão convertidos a Deus e a Cristo. Deus
purificará os israelitas arrependidos de seus pecados, lhes dará um novo
coração e estabelecerá um novo concerto com eles.
Deuteronômio 30:1-6 Circuncidará
o teu coração
Isaías 4:3,4 Lavar
a imundícia
Isaías 59:20,21 Se
desviarem da transgressão
Isaías 60:21 Todos
os do teu povo serão justos
Jeremias 23:6 Judá será salvo
Jeremias 24:7 Se converterão de todo coração
Jeremias 31:9 Virão com choro
Jeremias 31:31-34 Farei
um concerto novo com Israel
Jeremias 32:37-40 Porei
o meu temor no seu coração
Jeremias 33:8 Os purificarei de toda maldade
Ezequiel 11:17-20 Um
espírito novo porei dentro deles
Ezequiel 36:24-38 No
dia em que eu os purificar
Ezequiel 37:23,26-28 Os
purificarei
Daniel 9:24 Dar
fim aos pecados
Oséias 3:5 Tornarão
ao Senhor
Sofonias 3:13,15 Israel
não cometerá iniquidade
Zacarias 12:10-14 Pranto
pelos pecados
Zacarias 13:1,2 Fonte
para purificação
Romanos 11:25,26 Todo o Israel será salvo
VIII. O Trabalho e Futura Posição
de Israel
Depois que Cristo tiver retornado à terra como Rei dos reis e
governar as nações com Sua Igreja glorificada, Israel será exaltado sobre todas
as nações e cumprirá o propósito missionário original de Deus. Jerusalém será a
cidade capital do futuro Reino de Cristo. Israel, que por séculos tem sido um provérbio
e maldição entre os gentios, será honrado como a nação escolhida de Deus no
Reino de Cristo.
Deuteronômio 14:2 Escolhido
entre todos os povos
Isaías 60:1-22 As
nações caminharão à tua luz
Isaías 61:5,6 Vos chamarão ministros de nosso Deus
Zacarias 8:20-23 Iremos
convosco, Deus está convosco
Apocalipse 21:12 Doze
portões da Cidade Santa
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