Capítulo
XLVII
A
Ressureição de Cristo
O Cristianismo é a religião do
Sepulcro Vazio. A pessoa central no Cristianismo é alguém que morreu uma morte
sacrificial, foi sepultado e depois de três dias experimentou a gloriosa
ressurreição para a imortalidade. Ele, que Se tornou o Substituto do homem e
morreu pelos pecados do mundo, foi levantado da morte. Ele vive hoje à destra
de Deus em glória e imortalidade. Ele disse, “Eu sou o que vive, fui morto, mas
eis aqui estou vivo para todo o sempre” (Apocalipse 1:18).
I.
Importância da Sua Ressurreição
1.
Tema Fundamental do Evangelho. A ressurreição de nosso Senhor é um tema fundamental do
evangelho. Paulo indicou que o Cristianismo sobe ou cai na veracidade do fato que
Jesus ressuscitou dos mortos (1 Coríntios 15; 12-20). É parte vital da mensagem
do evangelho. “Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho
anunciado, o qual também recebestes e no qual também permaneceis; pelo qual
também sois salvos, se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado, se não é
que crestes em vão. Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que
Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e
ressuscitou ao terceiro dia segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15:1-4).
2.
Essencial Para a Salvação. Crer na ressureição de Jesus Cristo é essencial para a
salvação. Paulo disse: “Se, com tu boca, confessares o Senhor Jesus e, em teu
coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo” (Romanos 10:9).
3.
Possibilitou a Aplicação da Salvação. A ressurreição de Cristo é de grande importância em relação
à aplicação da salvação. O sacrifício de Cristo proveu a base da salvação; a
ressurreição de Cristo tornou possível a aplicação da salvação. Deus ressuscitou
Seu Cordeiro sacrificial dentre os mortos e O exaltou à Sua mão direita para
que Cristo pudesse ser o cabeça da Igreja e Senhor dos crentes. O poder do
Cristo ressuscitado habita nos crentes e aplica os benefícios e resultados da
salvação aos seus corações. Como Sumo Sacerdote vivo diante do trono de Deus,
Ele faz intercessão e atua como advogado para o crente.
4.
Mensagem da Igreja do Novo Testamento. A ressurreição de nosso Senhor foi a mais importante
mensagem da Igreja do Novo Testamento. A fé em Sua ressurreição transformou a
vida dos apóstolos e fez da Igreja uma tremenda influência em ganhar milhares
para Cristo. A ressurreição de Cristo foi uma importante mensagem do apóstolo
Pedro (Atos 2:24,32; 3:15,26; 4:10; 5:30; 10:40; 1 Pedro 1:21). Em seus sermões
e cartas, Paulo deu ênfase especial à verdade de que Cristo ressuscitou dos
mortos (Atos 13:30,34; 17:3,31; Romanos 1:4; 4:24,25; 6:4,9; 7:4; 8:11; 10:9; 1
Coríntios 6:14,15; 2 Coríntios 4:14; Gálatas 1:1; Efésios 1:20; Colossenses
2:12; 1 Tessalonicenses 1:10; 4:14; 2 Timóteo 2:8).
Hoje o modernismo e a teologia
liberal negam a ressurreição literal e histórica de Cristo. Agora, mais do que nunca,
a Igreja necessita de homens fiéis que se levantem e declarem a realidade
histórica da ressurreição de nosso Senhor para a imortalidade.
II.
Profecias do Antigo Testamento
O Antigo Testamento contém cinco
principais profecias concernentes à ressurreição de Cristo: Salmos 16:9,10;
22:22-31; 118:22-24; Isaías 53:10; Jó 19:25. Salmos 16:9,10 é referido por
Pedro (Atos 2:25-31) e por Paulo (Atos 13:33-37) quando anunciam a ressurreição
de Cristo. Salmos 22:22 é citado em Hebreus 2:12, e Salmos 118:22 é citado em
Atos 4:10,11 como prova da ressurreição de Cristo.
III.
Tipos do Antigo Testamento
1.
Jonas no Ventre do Grande Peixe. Nosso Salvador ensinou que Jonas, tendo passado três
dias e três noites dentro do grande peixe, era uma figura de Sua própria morte,
sepultamento e ressurreição. Ele disse: “Como Jonas esteve três dias e três
noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do Homem três dias e três
noites no seio da terra” (Mateus 12:40).
2.
Festa das Primícias.
A segunda festa religiosa de Israel era a Festa das Primícias (Levítico 23:9-14).
Ela era precedida pela Festa da Páscoa. Na Festa das Primícias, os israelitas
traziam os primeiros frutos da colheita de primavera para o Senhor e ofereciam
diante d’Ele. Os israelitas reconheciam que tudo que possuíam vinha de Deus.
Eles ofereciam as primícias da colheita em reconhecimento de Seu completo direito
de propriedade. A Festa da Páscoa tipificou a morte de Cristo; a Festa das Primícias
retratava Sua ressurreição. “Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito
as primícias dos que dormem” (1 Coríntios 15:20). Cristo é o primeiro a ser
ressuscitado dentre os mortos para a imortalidade.
3.
Sacrifício de Isaque.
Abraão creu no poder de Deus em ressuscitar dos mortos. Deus prometeu a Abraão
que ele seria o pai de muitas nações, e Abraão teve fé na fidelidade de Deus em
cumprir o Seu concerto. Quando Abraão, em obediência às instruções de Deus,
apresentou seu único filho Isaque como uma oferta, ele sabia que Deus poderia
ressuscitar Isaque dos mortos. Abraão indicou essa crença nas palavras aos dois
jovens moços “... eu e o moço iremos até ali; e, havendo adorado, tornaremos a
vós” (Gênesis 22:5). Isaque, é claro, não morreu como uma oferta queimada; um
carneiro foi oferecido em seu lugar. A oferta de Isaque figurou o sacrifício de
Cristo; o retorno de Isaque com Abraão tipificou a ressurreição de Cristo.
“Pela fé, ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado, sim, aquele que
recebera as promessas ofereceu seu unigênito. Sendo-lhe dito: Em Isaque será
chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dos
mortos o ressuscitar. E daí também, em figura, ele o recobrou” (Hebreus
11:17-19).
4.
A Vara de Arão que Floresceu. Para provar que Arão foi autorizado a ser o sumo
sacerdote de Israel, Deus operou um milagre no qual a vara de Arão floresceu
(Números 16:1-17; 17:1-13). “Sucedeu, pois, que no dia seguinte Moisés entrou
na tenda do Testemunho, e eis que a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia;
porque produzia flores, e brotara renovos, e dera amêndoas” (Números 17:8). O
fato de surgir a vida no bastão de Aarão figura a ressurreição de Cristo dentre
os mortos. O germinar na vara de Aarão confirmou seu sacerdócio; nosso Sumo
Sacerdote, Jesus Cristo, ressurgiu dentre os mortos e serve como nosso Senhor,
Advogado e Intercessor.
IV.
Predições do Nosso Senhor
Jesus disse aos Seus seguidores
que Ele ressuscitaria dentre os mortos. Os discípulos, porém, não compreenderam
o significado de Suas palavras até a Sua ressurreição. “Quando, pois,
ressuscitou dos mortos, os seus discípulos lembraram-se de que lhes dissera
isto; e creram na Escritura e na palavra que Jesus tinha dito” (João 2:22).
Seguem as previsões de Cristo quanto
à Sua ressurreição: “Desde então, começou a mostrar Jesus a seus discípulos que
convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes,
e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia” (Mateus 16:21;
também Marcos 8:31; Lucas 9:22). “E matá-lo-ão, e, ao terceiro dia,
ressuscitará. E eles se entristeceram muito” (Mateus 17:23; também Marcos 9:31;
Lucas 9:43). “E o entregarão aos gentios para que dele escarneçam, e o açoitem,
e crucifiquem, e ao terceiro dia ressuscitará” (Mateus 20:19; também Marcos
10:34; Lucas 18:33). “Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre
da baleia; assim estará o Filho do Homem três dias e três noites no seio da
terra” (Mateus 12:40). “E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou dizendo:
A ninguém conteis a visão até que o Filho do Homem seja ressuscitado dos
mortos” (Mateus 17:9; também Marcos 9:9). “Jesus respondeu e disse-lhes:
Derribai este templo, e em três dias o levantarei. Disseram, pois, os judeus:
Em quarenta e seis anos, foi edificado este templo, e tu o levantarás em três
dias? Mas ele falava do templo do seu corpo” (João 2:19-21). “Dizendo: Senhor,
lembramo-nos de que aquele enganador, vivendo ainda, disse: Depois de três dias
ressuscitarei” (Mateus 27:63).
V.
Prova da Ressurreição de Cristo
A ressurreição de Cristo é um dos
fatos mais bem estabelecidos da história. Existem mais evidências para provar a
certeza de Sua ressurreição do que de qualquer outro evento. O acontecimento
histórico de Sua ressurreição está registrado por todos os quatros biógrafos de
Seu ministério terreno: Mateus 28:1-15; Marcos 16:1-14; Lucas 24:1-48; João
20:1-29; 21:1-25.
As duas maiores provas da
ressurreição de Cristo são: 1) o sepulcro vazio e 2) as aparições de Cristo a
Seus discípulos depois de Sua ressurreição. A vida transformada dos apóstolos,
a formação e contínua existência da Igreja e os escritos do Novo Testamento são
evidências adicionais de Sua ressurreição e ministério celestial.
1.
O Sepulcro Vazio.
Uma das maiores provas da ressurreição de nosso Senhor está no fato de que o
sepulcro em que Ele foi sepultado ficou vazio. Esse fato foi descoberto pelas
mulheres que vieram à sepultura de Jesus na manhã da Páscoa. Os discípulos
Pedro e João verificaram essa verdade quando eles entraram no sepulcro vazio e
viram as vestes com as quais Jesus foi sepultado. O anjo anunciou o fato que o
sepulcro estava vazio: “Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como tinha
dito. Vinde e vede o lugar onde o Senhor jazia” (Mateus 28:5,6). Os guardas comunicaram
ao Sinédrio que o sepulcro estava vazio (Mateus 28:11-15). Os sumo sacerdotes
não investigaram o relato dos guardas; eles aparentemente não tinham dúvida de
que o sepulcro estava vazio.
Uma descrição interessante sobre
a situação da tumba de Jesus foi escrita por Henry H. Halley em seu Pocket Bible Handbook, págs. 491-493.
2.
As Aparições de Cristo Após a Ressurreição. A ressurreição de nosso Senhor é provada pelo
fato de que Ele apareceu a Seus discípulos depois de Sua ressurreição. Jesus
permaneceu na terra quarenta dias após a Sua ressurreição. Durante esse tempo,
Ele apareceu a Seus discípulos em pelo menos onze ocasiões diferentes. Certa
vez, Ele foi visto por mais de quinhentas testemunhas. Quarenta é um número
Bíblico que indica prova e verificação. Durante os quarenta dias entre a
ressurreição de Cristo e Sua ascensão, Ele provou que tinha ressuscitado dentre
os mortos.
O Cristo ressuscitado apareceu
para: 1) as mulheres que vieram até o sepulcro e voltaram depois que viram o
anjo que anunciou a ressurreição de Jesus (Mateus 28:9,10); 2) Maria Madalena
no sepulcro (Marcos 16:9; João 20:11-17); 3) Pedro (Lucas 24:34; 1 Coríntios 15:5);
4) dois discípulos que caminhavam para Emaús na tarde da Páscoa (Lucas
24:13-31); 5) os dez apóstolos no tempo da refeição da tarde na Páscoa (João
20:19-23; 1 Coríntios 15:5; Lucas 24:36-48); 6) os onze, incluindo Tomé, uma semana
mais tarde (João 20:26-29); 7) os sete discípulos que estavam pescando no Mar
da Galileia (João 21:1-14); 8) os onze discípulos numa determinada montanha da
Galileia (Mateus 28:16-20); 9) mais de quinhentos irmãos (1 Coríntios 15:6); 10)
Tiago, possivelmente o meio irmão de Jesus (1 Coríntios 15:7); e 11) todos os
apóstolos no Monte das Oliveiras imediatamente antes de Sua ascensão (Lucas
24:50,51; Atos 1:3-9; 1 Coríntios 15:7).
Depois de Sua ascensão, Jesus
apareceu a Estevão (Atos 7:55,56), a Paulo no caminho para Damasco (Atos 9:3-8;
26:16-18; 1 Coríntios 15:8; 1 Coríntios 9:1), a Paulo na Arábia e no templo em Jerusalém (Atos 22:17,18), a
Paulo na prisão (Atos 23:11), e a João em Patmos (Apocalipse 1:10-18).
VI.
Falsas Teorias Sobre a Sua Ressurreição
1.
A Teoria do Desmaio.
Alguns homens ensinam que Jesus não morreu realmente; Ele só desmaiou. Eles afirmam
que Jesus ficou inconsciente e foi dado como morto por engano. Eles dizem que o
ar frio da sepultura e o aroma de especiarias O reviveram depois de um curto espaço
de tempo. Os homens que defendem essa teoria esquecem que Jesus foi
oficialmente dado como morto na cruz. Sua morte era tão certa que os soldados
nem se incomodaram em quebrar as Suas pernas. “Mas, vindo a Jesus e vendo-o já
morto, não lhe quebraram as pernas. Contudo, um dos soldados lhe furou o lado
com uma lança, e logo saiu água e sangue” (João 19:33,34).
2.
A Teoria do Corpo Roubado. Outros homens que negam a ressurreição de nosso Salvador
ensinam que Seu corpo foi roubado. Alguns dizem que Seus inimigos roubaram Seu
corpo; outros, que Seus amigos roubaram Seu corpo. Por que os inimigos de
Cristo desejariam roubar Seu corpo? Se fossem eles, certamente o produziriam para
refutar o ensino dos apóstolos sobre Sua ressurreição. Se os Seus próprios discípulos
tivessem se empenhado em roubar o corpo, a guarda romana os teria matado.
3.
A Teoria do Sepulcro Errado. Uma das mais absurdas falsas teorias sobre a
ressurreição de Cristo é a de que as mulheres foram ao sepulcro errado. Os homens
que defendem essa teoria explicam que as mulheres estavam tão cheias de
angústia que foram equivocadamente para o sepulcro errado. Porém, as mulheres
que estiveram presentes quando Jesus foi enterrado não teriam esquecido daquele
sepulcro facilmente (Mateus 27:61; Marcos 15:46,47; Lucas 23:55,56). Além
disso, Pedro e João mais tarde visitaram o mesmo sepulcro vazio. Eles não
expressaram dúvida sobre o lugar do sepultamento. A presença dos anjos e das
vestes foram provas de que visitaram o sepulcro correto.
4.
A Teoria da Visão.
Uma outra falsa teoria defendida pelos céticos é que aquilo que o povo pensava
ser o Cristo ressuscitado era apenas uma visão. Eles dizem que os discípulos
desejavam a ressurreição de Jesus de forma tão intensa que imaginaram tê-Lo
visto. O aparecimento de nosso Senhor a Seus discípulos não foi fruto da
imaginação deles. Embora Jesus houvesse falado de Sua ressurreição, os
discípulos por descrença não esperavam que Ele ressuscitasse dos mortos. Suas
muitas aparições depois de Sua ressurreição provaram que Ele literalmente ressurgiu
dentre os mortos e transformou a descrença deles em fé absoluta.
5.
A Teoria da Pessoa Desencarnada. Os homens que acreditam nos ensinos de Platão sobre a
pecaminosidade da matéria afirmam que o corpo de Cristo permaneceu morto,
somente o Seu “espírito” se levantou. Essa visão, mantida por muitos cultos
modernos, rejeita a ressurreição corporal de Cristo. Nosso Senhor, entretanto,
experimentou a ressurreição corporal. Ele provou a Seus discípulos que Ele
tinha um corpo real de carne e ossos (Lucas 24:37-43). Os ensinos Bíblicos com
respeito à ressurreição contestam a falsa teoria sobre a pecaminosidade da
matéria e a imortalidade da alma.
VII.
Natureza da Ressurreição de Cristo
1.
Uma Ressurreição Real.
Jesus experimentou uma morte real e uma ressurreição real. Ele realmente
morreu. Como os outros homens, Ele estava inconsciente na morte; Seu cérebro
cessou o funcionamento. Não havia qualquer parte Dele que continuou em
existência consciente enquanto Ele estava morto. Ele permaneceu enterrado na
sepultura até a Sua ressurreição. A teoria de que Jesus foi pregar aos mortos
durante o tempo em que estava na sepultura está baseada sobre uma interpretação
completamente falsa da Escritura. Como foi Sua morte, assim foi Sua ressurreição.
Jesus verdadeiramente ressuscitou dos mortos. Ele experimentou uma ressurreição
literal. O Cordeiro de Deus que morreu foi ressuscitado para a vida pelo poder
de Deus. Sua ressurreição não foi meramente a sobrevivência de alguma essência imaterial;
ela foi real, o retorno literal à vida.
2.
Uma Ressurreição Corpórea. O Cristo ressuscitado tem um corpo físico real, literal e
material. A Bíblia não reconhece ressurreição que não seja corporal. Os
milagres de ressurreição do Antigo e do Novo Testamento foram ressurreições
físicas. Quando ressuscitados no retorno de Cristo, os cristãos terão corpos
materiais, reais. Quando ressuscitados na ressurreição final, os ímpios terão
corpos reais. Em seus corpos físicos mortais, os ímpios serão lançados no lago
de fogo para serem destruídos na segunda morte. A Escritura não reconhece
ressurreição que não seja de natureza corpórea.
Jesus tinha um corpo material
depois de Sua ressurreição. Ele podia ser visto pelos olhos dos homens (Lucas
24:40). Ele podia ser tocado pelas suas mãos (Lucas 24:39; João 20:27; Mateus
28:9). Ele declarou que tinha um corpo real de carne e osso (Lucas 24:39). Como
prova, Ele comeu mel e peixe na presença deles (Lucas 24:41-43; Atos 10:41).
Ele tinha o mesmo corpo que tinha quando morreu. As marcas dos pregos estavam em
Suas mãos e pés, e a ferida estava em Seu lado (João 20:25-27). Aqueles que o
viram reconheceram o mesmo Jesus que havia sido crucificado e enterrado no
sepulcro.
3.
Ressuscitado Para a Imortalidade. Nosso Salvador levantou dentre os mortos para a
imortalidade. Ele não está mais sujeito à morte. “Havendo Cristo ressuscitado
dos mortos, já não morre; a morte não mais terá domínio sobre ele” (Romanos
6:9). Ele disse: “Eu sou o que vive, fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo
sempre. Amém!” (Apocalipse 1:18). Jesus é a primeira pessoa a ressuscitar
dentre os mortos com um corpo imortal. Ele é descrito como “o primogênito dentre
os mortos” (Colossenses 1:18) e “as primícias dos que dormem” (1 Coríntios
15:20). “O primeiro da ressurreição dos mortos” (Atos 26:23). Jesus foi o
primeiro a ressuscitar dentre os mortos e nunca morreu outra vez. Nos milagres
bíblicos de ressurreição, os homens eram restaurados à natureza mortal que
possuíam antes da morte; eles todos morreram outra vez. Jesus, por outro lado,
foi ressuscitado para a imortalidade e nunca pode morrer outra vez. Os crentes
serão ressuscitados para a imortalidade quando Cristo retornar.
VIII.
Resultados da Ressurreição de Cristo
1.
Prova Sua Filiação Divina. A ressurreição de Cristo provou que Ele é o Filho de
Deus. “Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne,
declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito da santificação, pela
ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor” (Romanos 1:3,4). Jesus se
tornou o Filho de Deus em Seu nascimento. Sua ressurreição provou o fato que já
era uma realidade.
2.
Aceitação do Seu Sacrifício. Deus mostrou que Ele aceitou o sacrifício de Cristo
ressuscitando-o dentre os mortos. “O qual por nossos pecados foi entregue e
ressuscitou para nossa justificação” (Romanos 4:25). Como Erich Sauer escreveu:
“A cruz é a vitória, a ressurreição o triunfo; mas a vitória é mais importante
que o triunfo, embora necessariamente a última siga a primeira. A ressurreição
é a mostra pública da vitória, o triunfo do Crucificado” (The Triunph of the Crucified, pág. 32).
As bênçãos espirituais baseadas
nos méritos da morte sacrificial de Cristo podem ser outorgadas sobre os
crentes porque Ele ressuscitou dos mortos. Tendo ressuscitado dos mortos, Ele
se tornou o Cabeça da Igreja, Senhor dos crentes e a fonte de novidade de vida
para os cristãos. Ele pode trabalhar através do Seu poder transformador e lhes dar
as riquezas da salvação.
3.
Garantia de Ressurreição para os Crentes. A ressurreição de Cristo garante a futura
ressurreição dos cristãos. Ele disse: “Porque eu vivo, vocês também viverão”.
Os crentes podem declarar com confiança: “Quando Cristo, que é a nossa vida, se
manifestar, então, também vós vos manifestareis com ele em glória” (Colossenses
3:4). Porque Cristo, o Cabeça da Igreja, foi ressuscitado para a imortalidade
nesta primeira Páscoa, podemos afirmar que a Igreja, o Corpo de Cristo, será
ressuscitado para a imortalidade quando Ele retornar. Ele permanece único como uma
ilustração e uma prévia do que Deus fará a todos os crentes quando Jesus vier
novamente. Nenhum escarnecedor pode negar a habilidade de Deus em ressuscitar
os mortos nem negar a realidade da futura natureza imortal do crente. Deus demonstrou
o funcionamento de Seu grande poder quando ressuscitou Cristo dos mortos
(Efésios 1:19,20) e revelou a natureza da imortalidade na ressurreição do corpo
de nosso exaltado Senhor.
4.
Determinado Um Dia de Julgamento. O fato de que Deus ressuscitou Seu Filho dentre os
mortos determinou um dia de futuro julgamento. O Cordeiro de Deus, a quem Deus ressuscitou
dentre os mortos, algum dia desempenhará Sua obra como Rei e Juiz. “Mas Deus,
não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em
todo lugar, que se arrependam, porquanto tem determinado um dia em que com
justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu
certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos” (Atos 17:30,31).
5.
Certeza do Triunfo Final de Cristo Sobre a Morte. A ressurreição de Cristo
assegura o seu triunfo final sobre todos os inimigos, incluindo a morte. Depois
que o ímpio houver sido destruído e todos os pecados forem removidos da terra,
a própria morte será destruída. “Porque convém que reine até que haja posto a todos
os inimigos debaixo de seus pés. Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado
é a morte” (1 Coríntios 15:25,26).
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