Parte Sete
Escatologia
Capítulo
LXXXIII
O Amanhã de Deus
Escatologia, a sétima e última divisão, é a doutrina que coroa a
Teologia Sistemática. As seis primeiras divisões encontram seu cumprimento e conclusão
na Escatologia, a doutrina do futuro. Teologia, a doutrina de Deus, encontra sua
conclusão no futuro porque a eternidade revelará a glória e o caráter perfeito de
Deus. Antropologia, a doutrina do homem, encontra sua conclusão no futuro
porque, no Amanhã de Deus, o homem experimentará seu destino final. Os
redimidos receberão a vida eterna, e o ímpio, a destruição eterna.
Hamartiologia, a doutrina do pecado, encontra sua conclusão no futuro porque o
salário do pecado será pago na segunda morte, o pecado será removido da terra e
a própria morte será destruída. Cristologia, a doutrina de Cristo, encontra sua
conclusão no futuro porque o Amanhã de Deus revelará a glória de Cristo como
Salvador e Senhor. A escatologia está centrada na pessoa e na obra futura de Cristo,
o Rei dos reis. Soteriologia, a doutrina da salvação, encontra seu cumprimento
no Amanhã de Deus porque a salvação do crente será completa somente mediante
sua ressurreição para a imortalidade na volta de Cristo. No Reino de Cristo, os
redimidos serão salvos da presença do pecado. Eclesiologia, a doutrina da
Igreja, encontra seu cumprimento no futuro porque a Igreja será completa,
glorificada e entronizada com Cristo quando o Noivo retornar. Portanto, a
Escatologia é a doutrina que coroa a Teologia Sistemática.
I. Aspecto Futuro da Salvação
A Escatologia deriva seu nome da palavra grega eschatos, que significa o último, o mais
recente ou as últimas coisas (João 6:39,40; 11:24; 12:48). O plano de salvação
de Deus inclui promessas para o futuro assim como provisões para o passado e presente.
Embora o evangelho proporcione muitas bênçãos para a vida presente, o objetivo
do evangelho é a salvação eterna para o homem no futuro reino de Cristo. Paulo
enfatizou o fato de que a futura ressurreição é essencial para a salvação do
homem quando escreveu: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais
miseráveis de todos os homens” (1 Coríntios 15:19). “A piedade para tudo é
proveitosa” e nisto está a promessa não apenas para “a vida presente”, mas
também para aquela “que há de vir” (1 Timóteo 4:8). Àquele que abandona todas
as coisas e pessoas pelo nome de Cristo está prometido não somente que
“receberá cem vezes tanto”, mas que também “herdará a vida eterna” (Mateus
19:29).
O futuro está incluído na tríplice salvação que o evangelho proporciona
ao homem. Na experiência cristã existe uma salvação passada, que é um fato consumado;
existe uma salvação presente, que é um processo progressivo; e existe uma
salvação futura, que é uma esperança prometida. O crente pode verdadeiramente dizer:
“Eu fui salvo, eu estou sendo salvo e eu serei salvo”.
Através da obra de nosso Salvador, o pecador tem a perspectiva da
salvação da presença do pecado bem como da penalidade e do poder do pecado. O
pecador recebe a salvação da pena do
pecado na sua conversão. Jesus pagou a pena do pecado na Sua morte
sacrificial. O crente recebe a salvação do poder
do pecado progressivamente na medida que permite que Cristo habite em sua
mente e em seu coração. O poder de Cristo atua como contrapeso em relação ao
poder da mente carnal. O crente alcançará a salvação da presença do pecado no futuro Reino de Cristo. A presença do pecado
é a evidência do pecado em um ambiente. Quando Cristo retornar, Ele irá
transformar o ambiente do homem, este planeta, e então “a terra se encherá do
conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Isaías 11:9). O corpo do
crente será transformado da mortalidade para a imortalidade. A terra será
purificada e restaurada como o paraíso de Deus.
A salvação da pena do pecado refere-se ao passado; a salvação do
poder do pecado refere-se ao presente; e a salvação da presença do pecado refere-se
ao futuro. Considerando essa tríplice salvação, o crente pode orar: “Senhor,
limpa meu passado, consagra meu presente e esclarece meu futuro”. Cristo limpa
o passado do homem através de Seu sangue; Ele consagra o presente do homem
através de Seu poder, o Espírito; Ele esclarece o futuro do homem através das
promessas de Seu Reino futuro. A Escatologia inclui o estudo das promessas e
profecias a respeito do futuro do homem.
II. O Futuro Pode Ser Conhecido
Deus conhece o futuro, e, através da profecia divina, Ele tem
revelado Seus segredos ao homem. O agnosticismo ensina que o futuro não pode
ser conhecido, que Deus Se escondeu na obscuridade e que o homem deve
permanecer em perpétua ignorância a respeito de Seus planos e natureza. O
teísmo cristão, por outro lado, afirma que Deus tem planejado um futuro eterno
e que comunicou fatos sobre o futuro para o homem.
Deus é perfeito em conhecimento. Seu conhecimento é infinito,
eterno e completo. Em relação ao tempo, o conhecimento de Deus inclui todas as
coisas, passado, presente e futuro. Ele conhece detalhes do futuro assim como
do passado. “Que anunciou estas coisas desde os tempos antigos” (Atos 15:18
NTLH). Ele “chama as coisas que não são como se já fossem” (Romanos 4:17). Por
meio de Isaías, Deus demonstra Sua habilidade de prever o futuro como prova de
que somente Ele é Deus. Ele disse: “Quem operou e fez isso, chamando as
gerações desde o princípio? Eu, o Senhor, o primeiro, e com os últimos, eu
mesmo” (Isaías 41:4). “Eis que as primeiras coisas passaram, e novas coisas eu
vos anuncio, e, antes que venham à luz, vo-las faço ouvir” (Isaías 42:9). “E
quem chamará como eu, e anunciará isso, e o porá em ordem perante mim, desde
que ordenei um povo eterno? Este que anuncie as coisas futuras e as que ainda
hão de vir” (Isaías 44:7). “Lembrai-vos das coisas passadas desde a
antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a
mim; que anuncio o fim desde o princípio e, desde a antiguidade, as coisas que
ainda não sucederam; que digo: o meu conselho será firme, e farei toda a minha
vontade” (Isaías 46:9,10). “Por isso, to anunciei desde então e to fiz ouvir
antes que acontecesse, para que não dissesses: O meu ídolo fez estas coisas, ou
a minha imagem de escultura, ou a minha imagem de fundição as mandou. Já o tens
ouvido; olha bem para tudo isto; porventura, não o anunciareis? Desde agora, te
faço ouvir coisas novas e ocultas, que nunca conheceste” (Isaías 48:5,6).
O homem é capaz de conhecer sobre o futuro porque Deus, por meio
das profecias divinas, revelou Seus planos a ele. Sem a revelação divina, o
homem não pode conhecer o que o futuro reserva. O homem não pode adquirir
informação sobre o futuro através de um vidente, médiuns espirituais ou o
oráculo de Delfos. Ele não pode aprender o que o futuro reserva pela observação
das nuvens, voo dos pássaros, posição das estrelas no céu, das linhas na mão de
uma pessoa, batidas na cabeça de uma pessoa, chá de folhas, jogando cartas,
jogando dados, lançando sorte, análise de sonhos e superstições como essas. A revelação
divina é a única fonte de conhecimento para o homem em relação ao futuro.
A profecia é a revelação de Deus quanto aos eventos futuros.
Alguém estimou que quase um quarto dos textos da Bíblia eram proféticos quando
foram escritos. Naturalmente, muitas profecias bíblicas já se cumpriram. Quando
os eventos preditos ocorrem, a profecia se torna história. Portanto, a profecia
é história escrita com antecedência. O cumprimento das profecias bíblicas constitui
uma importante prova da inspiração da Bíblia. Eventualmente, toda profecia terá
seu cumprimento.
III. O Que o Futuro Reserva
A glória do Amanhã de Deus excederá em muito os melhores sonhos do
homem. Um autor poderia escrever um livro descrevendo em detalhes seu ideal de
uma eternidade perfeita; um artista poderia pintar um quadro ilustrando com
cores vibrantes sua visão de um ambiente perfeito. Isso, no entanto, não
poderia se comparar com o que Deus tem prometido em Sua Palavra. Não haverá
decepção no Amanhã de Deus. Toda necessidade do homem será satisfeita; todo
anseio do coração do crente será realizado.
A especulação humana tem gerado muitas teorias falsas sobre o
futuro. Os ateístas negam a existência de Deus e sustentam que o homem não tem
uma vida futura. O Hinduísmo afirma que a “alma” humana transmigra de um corpo
para outro, e que na morte o homem é reencarnado como um animal ou outro ser
humano. O Budismo ensina que o objetivo da vida é atingir o Nirvana, um estado etéreo
do nada, onde a “alma” é absorvida na natureza divina. Os índios americanos
visualizaram a vida futura do homem como um “campo de caça feliz”. A mitologia clássica
retratou a morte como cruzar o rio Styx numa balsa; os romanos colocavam uma
moeda na mão ou na boca da pessoa morta para que ela pudesse pagar a passagem.
Platão, o filósofo grego pagão, formulou a teoria da imortalidade natural da
alma. Ele ensinou que o homem tem uma natureza imaterial que pode ter uma
existência consciente separada do corpo do homem, e que esta natureza imaterial
é imortal. Ele ensinou que a morte não é a morte de tudo; é a continuação da
vida numa nova forma e num outro lugar. De acordo com Platão, a matéria é má; e
corpo e a terra contaminam a alma. A purificação e a verdadeira felicidade,
ensinou ele, podem ser obtidas somente quando a alma do homem é liberta do
corpo e quando o homem residir fora da terra. Muitos sistemas teológicos da
Cristandade incorporaram a teoria de Platão e ensinam que na morte o homem vai
para o céu ou para o inferno ardente. Essas teorias são falsas.
Somente a Bíblia mostra com precisão um quadro sobre o que Deus
tem planejado para o futuro. Contrário ao dualismo grego, a Bíblia ensina que a
terra e o corpo do homem não apresentam maldade em si mesmos. Deus criou a
terra e o corpo do homem, e Ele se alegrou quando finalizou a Sua obra. O plano
de redenção de Deus inclui a mudança no corpo do crente, da mortalidade para a
imortalidade, e a transformação da terra num paraíso de Deus. O cristão
redimido possuirá um corpo físico real, material e imortal, e ele habitará esse
planeta, purificado, transformado e restaurado em sua condição original de
pureza e perfeição.
O plano de salvação de Deus resultará na revelação de Sua glória.
Um objetivo fundamental do plano redentor de Deus é o estabelecimento de Seu
governo sobre o homem e sobre a terra. Quando esse objetivo for alcançado, a
famosa oração ensinada pelo Senhor Jesus terá sido respondida: “Venha o teu
reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu” (Mateus 6:10).
Então, “a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o
mar” (Isaías 11:9). O tema mais importante relacionado ao plano de Deus para o
futuro é o Reino de Deus.
Jesus Cristo é o meio através de quem Deus vai realizar a obra de
estabelecer o Seu Reino. Jesus é o Reino de Deus personificado. Através de
Cristo, Deus está “reconciliando consigo o mundo” (2 Coríntios 5:19) e está subjugando
todas as coisas a Si. Jesus é o princípio da nova criação, o doador da vida, o juiz
e o Rei. Quando a obra de Cristo estiver completa, Ele apresentará o Reino a
Deus como uma tarefa cumprida. “Depois, virá o fim, quando tiver entregado o
reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo império e toda potestade e
força. Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo
de seus pés. E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, também o
mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus
seja tudo em todos” (1 Coríntios 15:24,25,28).
O principal período de tempo associado com o futuro Reinado de mediação
de Cristo e considerado pela Escatologia é o milênio, ou mil anos (Apocalipse
20:2- 7). O milênio não é o objetivo final da obra futura de Cristo; o milênio
será um período de “transição”, um meio para se atingir um objetivo. Os principais
eventos da Escatologia podem ser classificados como aqueles que ocorrem antes
do milênio, aqueles que ocorrem durante o milênio e aqueles que ocorrerão após
o milênio.
Os principais fatores incluídos no estudo da Escatologia são a
segunda vinda de Cristo, a ressurreição, o futuro Reino de Cristo, a restauração
de Israel, os futuros juízos divinos e a nova terra. Esses assuntos serão
considerados nos capítulos seguintes de Escatologia.
IV. A Esperança do Crente
A atitude do crente em relação ao futuro é de esperança. O crente
ora: “Senhor, limpa meu passado, consagra meu presente e esclarece meu futuro”.
Quando o Senhor purifica o passado do homem, ele exerce a fé. Quando o Senhor
consagra o presente do homem, sua nova natureza é caracterizada pelo amor.
Quando o Senhor esclarece o futuro do cristão, ele adquire esperança. Paulo
lista a fé, a esperança e o amor como três fatores que permanecem em 1 Coríntios
13:13. Ele recomendou os irmãos de Tessalônica pela “obra da vossa fé, do
trabalho do amor e da paciência da esperança” (1 Tessalonicenses 1:3). Estas
três frases resumem os escritos das Epístolas Gerais, que incluem um livro de
Tiago, dois livros de Pedro, três livros de João e um livro de Judas. “Obra da vossa
fé” resume o livro de Tiago; “paciência da esperança” resume os escritos de
Pedro; “trabalho do amor” resume os escritos de João. Judas, que comenta a
apostasia, mostra a falta de fé, esperança e amor. Esses três fatores estão
frequentemente juntos no Novo Testamento (Colossenses 1:4 5; 1 Pedro 1:21,22).
A esperança é igual ao desejo mais a expectativa. O desejo menos a
expectativa é um mero anseio. A expectativa menos o desejo é igual ao medo. A
esperança deve incluir ambos: o desejo (Provérbios 13:12) e a expectativa
(Provérbios 10:28). Aquele que tem esperança que algo aconteça quer que o
evento ocorra e está na expectativa de que aconteça. O desejo, como um fator da
esperança, encontra sua base na necessidade humana. A expectativa, por outro
lado, está baseada nas promessas divinas. Por que o homem deseja determinadas
coisas? O homem deseja certas coisas porque necessita delas. E ele espera que
certas coisas aconteçam porque Deus disse que elas ocorrerão. O homem deseja a ressurreição
para a imortalidade, paz perfeita e um lar eterno no futuro Reino de Cristo
porque ele experimenta essas necessidades. O crente espera receber essas
bênçãos porque Deus prometeu tais coisas em Sua Palavra. Os mais importantes
textos no Novo Testamento a respeito da esperança são: Romanos 5:2,4,5;
8:20,24,25; 12:12; 15:4,13; 1 Coríntios 13:7,13; 15:19; 2 Coríntios 3:12;
Gálatas 5:5; Efésios 1:18; 2:12; 4:4; Colossenses 1:5,23,27; 1 Tessalonicenses
1:3; 2:19; 4:13; 5:8; 2 Tessalonicenses 2:16; Tito 1:2; 2:13; 3 7; Hebreus 3:6;
6:11,18; 11:1; 1 Pedro 1:3,13,21; 3:15; 1 João 3:3.
A segunda vinda de Cristo é a bendita esperança dos crentes. “Aguardando
a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso
Senhor Jesus Cristo” (Tito 2:13). Os cristãos têm muitas esperanças para o
futuro. Porém, uma esperança que supera todas as demais é o retorno de Cristo,
porque tornará possível todas as outras esperanças. A bendita esperança, o
retorno de nosso Senhor, é a porta aberta para o Amanhã de Deus.
A esperança do crente não está centrada em uma coisa, mas em uma
pessoa, o Senhor Jesus Cristo. “Cristo em vós, a esperança da glória”
(Colossenses 1:27). “Porque o mesmo Senhor descerá do céu” (1 Tessalonicenses
4:16). O crente não olha tanto para a vinda de Cristo, mas para o Cristo que
virá. Ele não está de olho no evento, mas na pessoa. A esperança que o evangelho
assegura para o conjunto da humanidade atual é esta pessoa gloriosa, Jesus
Cristo. Ele é a única esperança do mundo. Somente Cristo é a resposta; Ele é a
“única saída”, a única solução para os problemas do mundo. Como legítimo Rei da
terra, somente Ele pode transformar o caos do mundo e trazer justiça, paz e
verdadeira felicidade para a humanidade. Jesus é o homem da hora; Ele é a única
pessoa que o mundo precisa hoje.
V. Preparando para o Futuro
Os escritores da Bíblia usam a esperança do Amanhã de Deus como
uma influência a inspirar os homens a aceitarem Cristo como sacrifício,
permitir que Ele mude suas vidas hoje e os prepare para o Seu Reino futuro. “E
qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é
puro” (1 João 3:3). “Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos
convém ser em santo trato e piedade... Pelo que, amados, aguardando estas
coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz”
(2 Pedro 3:11,14). Pelo fato de buscarem “a bendita esperança” (Tito 2:13), os cristãos
negam a “impiedade e concupiscência mundana” e vivem “neste presente século sóbria,
justa e piamente” (Tito 2:12).
A vida do homem hoje é um crédito. O tempo pertence a Deus. Cada
minuto que vivemos é um minuto de Deus; cada fôlego que respiramos vem d’Ele.
Deus prova o homem hoje em preparação para a vida do amanhã. Como o carvalho
está em seu fruto e a canção na nota musical, a eternidade está nos minutos que
vivemos hoje. Como vivemos no homem de hoje determinará o quanto seremos
privilegiados, através da graça de Deus, a viver no Amanhã de Deus. Se o homem
deseja viver com Deus durante a eternidade, ele deve dedicar tempo hoje para
viver com Deus e para Deus. Como alguém escreveu:
Sem
tempo para Deus?
Quão tolos somos,
ao congestionar
Nossas vidas com coisas
comuns,
Deixando de fora
dos portões do coração
O Senhor da vida
e a vida em si mesma
Nosso Deus!
Sem
tempo para Deus?
É o mesmo que dizer
sem tempo
Para comer ou
dormir, ou amar ou morrer
Tenha tempo para
Deus,
Ou você irá
encolher a sua alma;
E quando o anjo da
morte
Vier bater à sua
porta,
Uma coisa pobre e
deformada serás
Para entrar para
a eternidade.
Quando
você encontrá-lo
Face a face,
Ele terá – Ele
deveria
Ter um tempo para
você?
Deus deseja que os cristãos sejam “conforme a imagem do seu Filho”
(Romanos 8:29). Ele planeja que hoje sejam como Cristo em seus pensamentos,
atitudes e ações. Ele planeja que eles sejam como Cristo em Sua natureza física
imortal quando da ressurreição (1 João 3:2; Filipenses 3:21). Se uma pessoa
deseja experimentar uma mudança na sua natureza física por ocasião da
ressurreição, ela deve experimentar hoje uma mudança na sua posição diante de
Deus, uma mudança no caráter e na conduta. A transformação externa no Amanhã de
Deus depende de sua transformação interna na vida cristã de hoje. Alguém terá
um corpo espiritual na ressurreição se tiver uma mente espiritual hoje.
Se uma pessoa quer estar com
Cristo (1 Tessalonicenses 4:17; Apocalipse 3:21; 17:14; 20:6) no Seu
retorno e no Seu Reino futuro, esta deve estar em Cristo (Romanos 8:1; 2 Coríntios 5:17; João 15:4,7; 1 Tessalonicenses
4:16) e permitir que Cristo habite nele
(Gálatas 2:20; João 15:4; Apocalipse 3:20; Romanos 8:9,10; Colossenses 1:27; 2 Coríntios
13:5). O crente entra em Cristo na conversão; Cristo entra no crente quando Ele
habita nele através de Seu Espírito.
Se um homem deseja ser salvo da presença do pecado no futuro Reino
de Cristo, deve permitir que Cristo o salve da pena e poder do pecado hoje.
Cristo salva o crente da pena do pecado através de Seu sacrifício. Isso se efetiva
na conversão do pecador. Cristo salva o crente do poder do pecado através de
Seu poder habitando internamente, o Espírito.
Se uma pessoa quer habitar no Reino do Príncipe da Paz, onde
haverá paz entre os animais (Isaías 11:6-9), paz entre as nações (Isaías 2:4) e
paz na terra (Isaías 9:7; Salmos
72:7), ldeve possuir hoje a paz com Deus
(Romanos 5:1) e a paz de Deus
(Filipenses 4:7; Gálatas 5:22; Isaías 26:3). A paz com Deus se faz possível
mediante o sacrifício de Cristo; e se efetiva imediatamente na conversão. A paz
de Deus é um fruto do Espírito; é resultado da habitação de Cristo na vida do
crente através de Seu Espírito. A paz de Deus aumenta na medida em que o crente
cresce em Cristo.
Se alguém deseja ter parte nesta nova era de eternidade onde todas
as coisas se farão novas (Apocalipse 21:5), habitar na nova terra (Apocalipse
21:1), viver na Nova Jerusalém (Apocalipse 21:2), possuir uma nova natureza
física, imortalidade, receber um novo nome (Apocalipse 2:17) e cantar uma nova
canção (Apocalipse 14:3; 5:9,10), ele deve se tornar uma nova criatura em
Cristo hoje (2 Coríntios 5:17). Ele deve ser transformado pela renovação da sua
mente (Romanos 12:2). Ele deve se vestir do novo homem (Efésios 4:24) e andar
em novidade de vida (Romanos 6:4).
Se uma pessoa deseja habitar no Amanhã de Deus onde não haverá
mais o mar (Apocalipse 21:1), nem mais morte (Apocalipse 21:4), ou pranto
(Apocalipse 21:4), templos (Apocalipse 21:22), noite (Apocalipse 21:23-25), nem
maldição (Apocalipse 22:3), ela deve permitir que hoje Cristo purifique e
transforme sua vida de forma que não tenha mais pecado (Apocalipse 21:27; Gálatas
5:21; 1 Coríntios 6:9,10). A vida do crente outrora foi cheia de pecado, mas
agora ele foi perdoado. Uma vez esteve diante do Juiz do universo sob
condenação. Agora, porém, ele aceitou o Único que se entregou por seus pecados
e ressuscitou para sua justificação. Para ele “não há condenação” (Romanos
8:1). Agora ele se coloca diante de Deus através de Cristo. Se uma pessoa
deseja que Deus o inclua em Seu
glorioso Reino, ela deve excluir o
pecado de sua vida hoje.
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