segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Capítulo LXXVIII - A Restauração de Israel



Capítulo LXXVIII

A Restauração de Israel

A restauração de Israel à Palestina e a futura conversão desta nação a Cristo ocupam um lugar importante na profecia bíblica. O retorno de Israel para a Terra Santa é um evento que está ocorrendo hoje, e é um sinal importante de que a segunda vinda de Cristo está próxima.


I. A Necessidade de Escolher Uma Nação

Depois do dilúvio, as nações originaram-se dos três filhos de Noé. “Estes três foram os filhos de Noé; e destes se povoou toda a terra” (Gênesis 9:19). Estas são as famílias dos filhos de Noé, segundo as suas gerações, em suas nações; e destes foram divididas as nações na terra, depois do dilúvio” (Gênesis 10:32). As nações recém-formadas logo se degeneraram para o paganismo. Elas esqueceram o único Deus verdadeiro; elas viveram em pecado. Elas mudaram a adoração a Deus em idolatria (Romanos 1:21-23) e a verdade de Deus em mitologia (Romanos 1:25). Habitando na escuridão do paganismo, as nações não estavam agradando a Deus. Ele desejava que todas as nações O adorassem como único Deus verdadeiro e que vivessem de acordo com Sua verdade e justiça. Porém, através de Seu plano de salvação, Deus propôs resgatar as nações da escuridão e restaurá-las para a luz. Ele planejou salvá-las do pecado para a justiça, da idolatria para o monoteísmo e da mitologia para a verdade.

Para executar Sua obra de resgate das nações para Si mesmo, Deus planejou atuar através de uma nação escolhida. Esta nação escolhida seria um exemplo e uma testemunha missionária para as outras nações. Ela seria um meio para restaurar as outras nações para Deus. Que nação Deus escolheria para realizar esta obra de redenção? Deus escolheria o Egito? Ele escolheria a China? Escolheria a Babilônia? Nenhuma das nações existentes sobre a terra estava qualificada para esta obra de redenção. Todas as nações se degeneraram em paganismo; todas igualmente tinham necessidade de redenção. Deus não poderia usar qualquer nação que já existisse. Sendo assim, Deus planejou formar Sua própria nação especial para aquele propósito especial.


II. A Formação da Nação Escolhida

Deus escolheu Abraão para se tornar o fundador da nação missionária escolhida por Ele, Israel. Israel nunca teria existido se não fosse pela obra de Deus. Abraão e sua esposa Sara não tinham filhos e não tinham esperança de ter filhos. A origem, continuação e preservação da nação resultou da obra miraculosa de Deus. Deus disse a Abraão: “De ti farei uma grande nação” (Gênesis 12:2 ARA). A grande nação deve a sua origem a Deus.

Israel, a nação especial de Deus, foi escolhida e exaltada sobre todas as outras nações. “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu concerto, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha. E vós me sereis reino sacerdotal e povo santo” (Êxodo 19:5,6). “Porque povo santo és ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que sobre a terra há” (Deuteronômio 7:6). “Porque és povo santo ao Senhor, teu Deus, e o Senhor te escolheu de todos os povos que há sobre a face da terra, para lhe seres o seu povo próprio” (Deuteronômio 14:2). “E o Senhor, hoje, te fez dizer que lhe serás por povo seu próprio, como te tem dito, e que guardarás todos os seus mandamentos. Para assim te exaltar sobre todas as nações que fez, para louvor, e para fama, e para glória, e para que sejas um povo santo ao Senhor, teu Deus, como tem dito” (Deuteronômio 26:18,19). “Mostra a sua palavra a Jacó, os seus estatutos e os seus juízos, a Israel. Não fez assim a nenhuma outra nação; e, quanto aos seus juízos, nenhuma os conhece. Louvai ao Senhor!” (Salmos 147:19,20).

Tendo um ministério missionário para o Seu povo escolhido, Deus os colocou na terra de Canaã, que é uma ponte entre três continentes (Ásia, África e Europa), na encruzilhada das nações, no coração da terra. Israel deveria ser “uma cidade colocada sobre um monte”. Ela deveria ser uma luz brilhando na escuridão do paganismo. Israel deveria ser uma nação sacerdotal e levar as nações de volta para Deus.

A história do Velho Testamento registra a triste história da incapacidade de Israel em se manter como um povo separado e nação missionária. Ela relata o registro trágico do pecado de Israel e da apostasia em relação a Deus. No entanto, a profecia bíblica mostra a restauração dos judeus, sua futura purificação e conversão a Cristo e sua exaltação sobre as nações. No futuro reino de Cristo, o Israel redimido cumprirá o propósito missionário original de Deus (Isaías 60:1-22; 61:5,6; 66:19-21; Zacarias 8:20-23).


III. O Concerto de Deus com Abraão

A terra da Palestina pertence aos judeus. Deus, que é o dono do universo, prometeu aquela terra a Israel por possessão eterna. Para muitos observadores, o futuro destino da Palestina é um tema de especulação. Entretanto, para os estudantes da Bíblia, não há necessidade de suposições. A Palestina é a Terra Santa da Bíblia, e a Palavra de Deus é muito clara quando diz a quem pertence a terra. Aquela terra pertence a Israel.

Gênesis 12:1-3,7                  Terra prometida, semente, bênção
Gênesis 13:14-17                Toda a terra que ele podia ver
Gênesis 15:5-7,18                À tua semente tenho dado esta terra
Gênesis 17:1-8                     Por concerto perpétuo, perpétua possessão
Gênesis 22:16-18                Em tua semente serão benditas todas as nações
Romanos 4:13                      Herdeiro do mundo

Deus chamou Abraão da cidade de Ur do Caldeus para a terra de Canaã. Num concerto solene, Deus deu a terra a Abraão e aos seus descendentes depois dele por possessão eterna. Gênesis 17:7,8 pode ser descrito como um termo de garantia da terra prometida, mediante o qual a posse eterna de Abraão está assegurada: “E estabelecerei o meu concerto entre mim e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações, por concerto perpétuo, para te ser a ti por Deus e à tua semente depois de ti. E te darei a ti e à tua semente depois de ti a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão, e ser-lhes-ei o seu Deus”.

As promessas do concerto de Deus foram repetidas ao filho de Abraão, Isaque (Gênesis 26:2-5), ao filho de Isaque, Jacó (Gênesis 28:13-15; 35:10-12), e aos doze filhos de Jacó (Êxodo 2:23-25). Os descendentes dos doze filhos de Jacó formaram a nação, Israel (1 Crônicas 16:13-19).

1. Promessas Ainda Por Cumprir. As promessas de Deus a Abraão e a Israel não foram completamente cumpridas. Essas promessas terão cumprimento no Reino de Cristo. Estevão, em seu sermão histórico, mencionou que Abraão não herdou essas promessas durante a sua vida. “Então, saiu da terra dos caldeus e habitou em Harã. E dali, depois que seu pai faleceu, Deus o trouxe para esta terra em que habitais agora. E não lhe deu nela herança, nem ainda o espaço de um pé; mas prometeu que lhe daria a posse dela e, depois dele, à sua descendência, não tendo ele filho” (Atos 7:4,5). “Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas, mas, vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra” (Hebreus 11:13). Abraão e outros crentes fiéis serão ressuscitados da morte e herdarão estas promessas eternas no futuro reino de Cristo. Jesus disse: “Mas eu vos digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no Reino dos céus” (Mateus 8:11). “Ali, haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, e Isaque, e Jacó, e todos os profetas no Reino de Deus e vós, lançados fora” (Lucas 13:28).

2. Bênçãos Condicionais. Deus advertiu aos Israelitas que o privilégio de habitar a terra prometida dependia da sua obediência a Ele. Como punição pelos seus pecados, Deus os colocaria para fora da terra (Levítico 26:27-34; Deuteronômio 28:1-67; Josué 24:13-20). A nação do conserto e a terra prometida estão ligadas entre si. Em todo o tempo em que os israelitas habitaram a terra da Palestina, eles receberam bênçãos. Em todas as vezes que deixaram a terra, eles receberam escravidão (Egito), cativeiro (Babilônia) e perseguição (dispersão mundial).


IV. Três Partidas e Retornos

Por três vezes os israelitas deixaram a terra prometida. Três vezes eles retornaram ou estão retornando para o lar. Cada partida a cada retorno à terra foi profetizada na Palavra de Deus.

1. Egito. A primeira partida de Israel da terra prometida ocorreu durante o tempo de José, quando Jacó e sua família foram ao Egito para escapar da fome em Canaã. Durante a sua permanência no Egito, os descendentes de Jacó foram sujeitos à extrema escravidão pelos egípcios. Através de Moisés, Deus libertou os israelitas da escravidão egípcia e permitiu que eles retornassem para a terra de Canaã. A escravidão de Israel no Egito (Gênesis 15:13; Atos 7:6) e o retorno da nação à terra prometida (Gênesis 15:14,16; Atos 7:7; Gênesis 50:24-26; Hebreus 11:22) foram profetizados. E essas profecias se cumpriram.

2. Babilônia. A segunda partida de Israel da terra da promessa ocorreu durante o tempo de Daniel, quando o rei da Babilônia, Nabucodonozor, levou o povo em cativeiro para a Babilônia. Nem todos os judeus, é claro, foram deportados para a Babilônia; muitas pessoas foram deixadas nas áreas rurais para cuidar da terra. Era a esses judeus que Jeremias, o profeta, ministrava. A deportação dos judeus para a Babilônia começou em 606 a.C. O cativeiro babilônico durou setenta anos. O cativeiro foi profetizado (Jeremias 25:8-11; Ezequiel 21:18-27) e se cumpriu (2 Crônicas 36:15-21). O retorno dos judeus depois de setenta anos também foi predito (Jeremias 25:12-14; Isaías 44:28; 45:1-4), e essas profecias se cumpriram (2 Crônicas 36:22,23; Esdras 1:1-11; Daniel 9:1,2). O retorno dos judeus sob Esdras e Neemias não cumpriu muitas profecias concernentes ao futuro retorno de Israel à Palestina. Essas profecias começam a se cumprir hoje e estarão cumpridas quando Jesus voltar. Muitos judeus que viviam na Babilônia nunca retornaram para Canaã. Além disso, um grande grupamento de judeus que escapou da deportação para a Babilônia foi para o Egito e começou lá uma importante colônia judaica.

3. Dispersão Mundial. A terceira partida dos judeus da Palestina começou em 70 d.C. e completou-se no ano 135 d.C. Essa partida resultou na dispersão mundial da nação escolhida por Deus. Hoje, depois de quase dois milênios, a restauração de Israel começou a se cumprir. A dispersão de Israel foi profetizada e tornou-se realidade. A restauração de Israel à terra prometida foi profetizada da mesma forma, e essas profecias também serão cumpridas.


V. A Dispersão Mundial de Israel

1. A Dispersão Mundial Foi Predita. Através de Sua Palavra, Deus advertiu os israelitas que Ele os espalharia entre todas as nações como punição pela desobediência.

Deuteronômio 4:27             Vos espalhará entre os povos
Deuteronômio 28:63,64     Vos espalhará entre todos os povos
Jeremias 9:16                        Os espalharei entre nações que não conheceram
Jeremias 31:27                      Semear Israel com a semente de homens
Ezequiel 11:16                      Lancei para longe entre as nações
Ezequiel 37:1,2,11               Como vale de ossos secos
Ezequiel 39:23-28               Cativeiro por causa da sua iniquidade
Oséias 3:4                               Ficarão por muitos dias sem rei
Zacarias 10:9                         Os semearei entre os povos
Mateus 23:35-39                  A vossa casa vos ficará deserta
Mateus 24:1,2                       Destruição do templo
Lucas 21:20-24                     Jerusalém será pisada pelos gentios

2. A Perseguição de Israel Foi Predita. Espalhado entre as nações, o povo escolhido de Deus experimentaria extrema perseguição. Eles fugiriam de país para país; eles não encontrariam descanso para a planta de seus pés. Deus disse a Abraão: “E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem” (Gênesis 12:3). As nações que favoreceram os judeus têm sido abençoadas; elas têm prosperado. Porém, nações que perseguiram os judeus têm experimentado maldição, dificuldade e tragédia. A perseguição dos judeus foi predita na Palavra de Deus.

Deuteronômio 28:65-67     Sem repouso para a planta dos pés
Levítico 26:33-45                 Pavor em seus corações
Salmos 44:14                         Um provérbio entre as nações

3. A Dispersão Mundial se Cumpriu. Durante a era do Novo Testamento, amplas colônias de judeus viviam em todas as maiores cidades e províncias do Império Romano. O número de judeus vivendo fora da terra prometida era maior do que o número dos que viviam na terra. Muitos judeus que foram para a Babilônia e o Egito durante o tempo de Daniel, Ezequiel e Jeremias jamais retornaram para o lar. Na verdade, durante o ministério terreno de nosso Senhor, Babilônia e Alexandria eram os dois maiores centros do pensamento e cultura judaica. Os judeus da dispersão que eram representados pela Babilônia falavam a língua aramaica e dialetos afins, e interpretaram o Velho Testamento por paráfrases dos caldeus, os Targuns. Por outro lado, os judeus de Alexandria, no Egito, falavam a língua grega e produziram a Septuaginta, ou a tradução grega do Velho Testamento. Países e línguas do mundo romano representados pelos judeus em Jerusalém no Pentecostes (Atos 2:8-11) revelam a extensão da dispersão judaica naquele tempo. Quando Paulo saiu em suas jornadas missionárias, encontrou um grupo de judeus em quase toda cidade que visitou. Embora esses judeus residissem em várias áreas do Império Romano, Jerusalém era seu centro de unidade religiosa e política.

A grande dispersão mundial dos judeus de Jerusalém e da Palestina começou em 70 d.C. e foi concluída em 135 d.C. Em 70 d.C., quarenta nos depois da crucificação de Jesus, Jerusalém foi destruída pelos romanos, sob a liderança de Tito. O colapso do estado nacional judaico ocorreu em 135 d.C., quando o general romano, Julius Severus, derrotou Simon Bar Kochba, que liderou uma revolta contra Roma. Mais de 500.000 judeus foram mortos em batalha. Os judeus foram dispersos da Judeia e foram espalhados entre as nações da terra. Por ordem do imperador romano Adriano, o nome próprio da província dos Judeus foi descartado e mudado para Síria Palestina. Jerusalém foi feita uma cidade pagã, e os judeus foram impedidos de adentrar seus portões sob pena de morte. A perseguição aos judeus tornou-se comum em toda parte do império.

Durante os séculos que se seguiram, não foi permitido aos judeus viverem na terra que lhes pertencia. Porém, os fiéis em Israel nunca descansariam até que pudessem retornar ao seu antigo lar. A cada ano eles sonhavam com o retorno à terra que Deus prometeu a Abraão e sua semente. Em cada Festa da Páscoa eles diriam: “Próximo ano em Jerusalém! Próximo ano em Jerusalém!”. Porém, por cerca de dezenove séculos, o “próximo ano” não veio. Eles continuaram sendo espalhados pela terra enquanto a terra prometida era governada pelos romanos, muçulmanos e turcos. Onde quer que os judeus fossem, levavam bênçãos e prosperidade para as nações. Os judeus sofreram uma perseguição quase constante, mesmo fugindo de um país para outro. Durante a Era da Igreja, os judeus foram semeados entre a semente dos homens. Eles residiram em quase todos os países da terra. As profecias bíblicas a respeito da dispersão e da perseguição mundial do povo escolhido de Deus se cumpriram literalmente.


VI. A Restauração de Israel à Terra Prometida

1. A Restauração Prometida

Deuteronômio 30:3-5                   Te trará à terra
Isaías 11:11,12                                Dos quatro confins da terra
Isaías 27:12,13                                Sereis colhidos um a um
Isaías 60:21                                      Herdarão a terra para sempre
Isaías 61:3-11                                  Edificarão os lugares assolados
Isaías 65:17-25                               Alegria para Jerusalém e seu povo
Jeremias 23:3-8                              Ofuscar o Êxodo
Jeremias 24:5-7                              Nunca mais deixarão a terra
Jeremias 30:3,7-11                        Farei tornar do cativeiro
Jeremias 30:17-22                         A cidade será reedificada
Jeremias 31:7-12                            Em grande congregação voltarão
Jeremias 31:23-37                         Quando eu acabar o seu cativeiro
Jeremias 32:37-44                         Os congregarei de todas os terras
Jeremias 33:7-14                            Remover o cativeiro de Judá e de Israel
Ezequiel 11:17-21                          E vos darei a terra de Israel
Ezequiel 20:34,40-44                     Voltar à terra de Israel
Ezequiel 28:25,26                           Congregar a casa de Israel
Ezequiel 34:11-16                          Como o pastor busca o seu rebanho
Ezequiel 34:23-31                          Habitarão seguramente
Ezequiel 36:8-12                             Vos farei habitar como dantes
Ezequiel 36:16-38                          Por amor do meu santo nome
Ezequiel 37:1-14                             Ossos secos revivem
Ezequiel 37:15-28                          Uma nação, um rei
Ezequiel 38:8,11,12,14                 O povo que se ajuntou dentre as nações
Ezequiel 39:25-29                          Toda a casa de Israel
Oséias 1:10,11                                 Juntos se congregarão
Oséias 3:5                                         Os filhos de Israel retornarão
Joel 3:1,17-21                                  Removerei o cativeiro de Judá
Amós 9:11-15                                  Não serão mais arrancados da sua terra
Miquéias 2:12                                  Congregarei como rebanho no seu curral
Sofonias 3:20                                    Reconduzir os vossos cativos
Zacarias 8:7,8                                   Os salvarei do oriente e do ocidente
Zacarias 8:13,23                              E sereis uma bênção
Zacarias 10:10-12                           Porque eu os farei voltar
Salmos 102:16                                 Quando o Senhor edificar a Sião
Mateus 24:31-34                             A nação da figueira
Romanos 11:11-27                         Todo o Israel será salvo


2. O Início da Restauração. Durante a metade do século dezenove, alguns poucos judeus espalhados pelo mundo começaram a erguer suas vozes num apelo para que seus irmãos retornassem à Palestina. Em 25 de agosto de 1897, o Primeiro Congresso Sionista ocorreu na cidade de Basileia, Suíça. Esse encontro de judeus foi convocado por um judeu austríaco, Teodor Herzl, que foi o pai do Sionismo moderno. Pelos próximos cinquenta anos, a organização Sionista planejou e trabalhou para alcançar sua ambição, que foi finalmente cumprida com a formação do novo estado de Israel.         

A Inglaterra, em 2 de novembro de 1917, publicou a famosa Declaração Balfour, chamada pelo nome do Secretário Britânico do Exterior, Arthur James Balfour. Nesse documento lê-se, na íntegra:

Caro Lorde Rothschild,

Tenho o prazer de endereçar à Vossa Senhoria, em nome do Governo de Sua Majestade, a seguinte declaração de simpatia quanto às aspirações Sionistas, declaração submetida ao Gabinete e por ele aprovada.

O Governo de Sua Majestade encara favoravelmente o estabelecimento na Palestina de um lar nacional para o povo judeu e empregará todos os seus esforços no sentido de facilitar a realização desse objetivo, entendendo-se claramente que nada será feito que possa atentar contra os direitos civis e religiosos das coletividades não judaicas existentes na Palestina, nem contra os direitos e o status político de que gozam os judeus em qualquer outro país.

Desde já, declaro-me extremamente grato à Vossa Senhoria pela gentileza de encaminhar esta declaração ao conhecimento da Federação Sionista.

 Arthur James Balfour


Durante a Primeira Guerra Mundial, o General Edmund Allenby, como comandante supremo da Força Expedicionária Britânico-Egípcia, invadiu a Palestina e, aos 9 de dezembro de 1917, capturou Jerusalém sem troca de tiros. O governo turco sobre a Palestina teve um fim. No Tratado de Sevres, em 10 de agosto de 1920, a Turquia renunciou seus antigos direitos sobre a Palestina para os aliados. No mesmo ano, a Liga das Nações deu à Grã-Bretanha a jurisdição sobre a terra santa, o que se efetivou em 23 de setembro de 1923. Desta forma, o caminho estava aberto para os judeus irem para o lar. Desde aquele tempo, a restauração de Israel começou a se tornar realidade. Durante a Segunda Guerra Mundial, os judeus que viviam na Europa sofreram extrema perseguição, o que resultou num desejo intenso entre os judeus de retornarem para casa. Em 1939, devido às hostilidades Árabe-Judaicas, a Grã-Bretanha renunciou sua Declaração Balfour e restringiu abruptamente a imigração judaica para a Palestina. Em 29 de novembro de 1947, as Nações Unidas adotaram o Plano de Partilha da Palestina, assegurando certos territórios aos judeus e outros aos árabes. Aos 11 de dezembro de 1947, a Grã-Bretanha anunciou que terminaria o seu mandato sobre a Palestina em 15 de maio de 1948.

À meia-noite de 14 para 15 de maio de 1948, os judeus na Palestina anunciaram a formação do novo estado de Israel, com o Sr. David Ben-Gurion como primeiro ministro, e Dr. Chaim Weismann como primeiro presidente. Desde então, a maioria das nações do mundo reconheceram o novo governo. No dia 11 de maio de 1949, Israel foi aceito como a quinquagésima nona nação membro das Nações Unidas. Os judeus de todas as nações do mundo eram bem-vindos ao novo estado Judaico. Em 1900, havia cerca de 50.000 judeus na Palestina; em 1936, o número havia crescido para 375.000 pessoas. Em 1960 a população judaica na Palestina já havia superado um milhão de pessoas. À medida que retornam para o lar, a terra prometida está sendo reconstruída; os desertos estão sendo transformados em jardins. As chuvas na Palestina mais que dobraram nos anos recentes. A terra está recebendo bênçãos porque o povo da terra está retornando para o lar. A restauração de Israel à Palestina está se tornando uma realidade. A restauração final e completa, obviamente, ocorrerá quando Jesus voltar.


VII. A Futura Conversão de Israel

O retorno de Israel à Palestina e seu retorno a Deus estão ligados entre si. Como uma nação, Israel está retornando incrédulo à Palestina. O “endurecimento em parte” ainda está presente sobre Israel, porque a Igreja ainda não se completou; “a plenitude dos gentios” ainda não se cumpriu (Romanos 11:25,26). A Grande Tribulação, o “tempo da tribulação de Jacó” (Jeremias 30:7), cairá sobre os judeus como sua última grande perseguição. A conversão da nação de Israel ainda é futura. Quando Jesus retornar à terra como Rei dos reis, Israel O aceitará como o tão esperado Messias. Quando eles O verem, se arrependerão dos seus pecados e serão convertidos a Deus e a Cristo. Deus purificará os israelitas arrependidos de seus pecados, lhes dará um novo coração e estabelecerá um novo concerto com eles.

Deuteronômio 30:1-6                   Circuncidará o teu coração
Isaías 4:3,4                                       Lavar a imundícia
Isaías 59:20,21                                Se desviarem da transgressão
Isaías 60:21                                     Todos os do teu povo serão justos
Jeremias 23:6                                   Judá será salvo
Jeremias 24:7                                   Se converterão de todo coração
Jeremias 31:9                                   Virão com choro
Jeremias 31:31-34                          Farei um concerto novo com Israel
Jeremias 32:37-40                          Porei o meu temor no seu coração
Jeremias 33:8                                   Os purificarei de toda maldade
Ezequiel 11:17-20                          Um espírito novo porei dentro deles
Ezequiel 36:24-38                          No dia em que eu os purificar
Ezequiel 37:23,26-28                     Os purificarei
Daniel 9:24                                        Dar fim aos pecados
Oséias 3:5                                          Tornarão ao Senhor
Sofonias 3:13,15                              Israel não cometerá iniquidade
Zacarias 12:10-14                           Pranto pelos pecados
Zacarias 13:1,2                                Fonte para purificação
Romanos 11:25,26                         Todo o Israel será salvo


VIII. O Trabalho e Futura Posição de Israel

Depois que Cristo tiver retornado à terra como Rei dos reis e governar as nações com Sua Igreja glorificada, Israel será exaltado sobre todas as nações e cumprirá o propósito missionário original de Deus. Jerusalém será a cidade capital do futuro Reino de Cristo. Israel, que por séculos tem sido um provérbio e maldição entre os gentios, será honrado como a nação escolhida de Deus no Reino de Cristo.

Deuteronômio 14:2                        Escolhido entre todos os povos
Isaías 60:1-22                                  As nações caminharão à tua luz
Isaías 61:5,6                                     Vos chamarão ministros de nosso Deus
Zacarias 8:20-23                             Iremos convosco, Deus está convosco
Apocalipse 21:12                            Doze portões da Cidade Santa

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