sexta-feira, 30 de junho de 2017

Capítulo LVI - Batismo

Capítulo LVI

Batismo


O batismo Cristão é a imersão de um crente na água. Ele simboliza a sua crença de que Cristo morreu por seus pecados, foi sepultado e levantou-se novamente. Ele indica que o crente entrou num relacionamento pessoal e vital com Cristo, e que tomou para si mesmo os benefícios da morte sacrificial de Cristo. O batismo é aquele ritual simbólico em que o crente retrata o fato de que sua velha natureza foi posta na morte e sepultada, e que ele se levanta em novidade de vida em Cristo.


I. Autoridade para o Batismo

O batismo é um dos três elementos da conversão. O arrependimento do pecado e a fé em Cristo deve estar acompanhado pelo batismo em Cristo. Sem o batismo, o processo da conversão está incompleto. O batismo Cristão não é uma disposição opcional; é um requisito divino.

1. Uma Ordenança de Cristo. O batismo é uma ordenança de Cristo. A ordem para batizar está incluída na Grande Comissão. Cristo instruiu seus discípulos a ensinarem e batizarem todas as nações. A ordem de nosso Senhor de que os pecadores deveriam ser batizados é tão obrigatória quanto o Seu mandamento de que eles deveriam ensinar. “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Marcos 16:15,16). “E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;  ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém!” (Mateus 28:18-20).

Tendo recebido toda a autoridade, nosso Senhor autorizou Seus discípulos a levarem Sua mensagem de salvação a todas as nações. Em cumprimento às Suas instruções, os discípulos missionários serviram como representantes d’Ele. Eles receberam Sua autoridade para ensinar e batizar. A expressão “em nome de” significa “na autoridade de” ou “como agente de”. Os discípulos, portanto, batizaram “em nome de Jesus Cristo” (Atos 2:38) e “em nome do Senhor”(Atos 10:48). Eles ensinaram e batizaram com autoridade recebida de Jesus, Deus e o Espírito Santo. A expressão “em nome de Jesus Cristo” transmite a mesma declaração de autoridade que fazem as palavras de Mateus 28:19. Esse verso não ensina que os crentes devam ser imersos três vezes durante o ato batismal. Jesus morreu, foi sepultado e ressuscitou uma única vez.

2. Exemplo da Igreja do Novo Testamento. O exemplo da Igreja do Novo Testamento indica o batismo como uma ordenança que deve ser observada pelos crentes hoje. Os apóstolos e os primeiros discípulos ensinaram e praticaram o batismo. Os membros das igrejas do Novo Testamento eram crentes batizados.

Atos 2:38,41                        Três mil no Pentecostes
Atos 8:12                               Pessoas de Samaria
Atos 8:13                               Simão, o feiticeiro
Atos 8:38,39                         O eunuco etíope
Atos 9:18; 22:16                  Saulo de Tarso
Atos 10:47,48                       Cornélio
Atos 16:14,15                       Lídia
Atos 16:30-34                      O carcereiro de Filipos
Atos 18:8                               Crispo em Corinto
Atos 19:5                               Crentes de Éfeso
Romanos 6:3-5                    Cristãos em Roma
Gálatas 3:27                          Cristãos na Galácia
Colossenses 2:12                 Cristãos Colossenses
1 Pedro 3:21                         Cristãos espalhados na Ásia

Atos dos Apóstolos narra sobre pecadores se tornando cristãos. As epístolas foram escritas para os homens que já haviam sido batizados e feitos cristãos. Não é surpresa, portanto, que o batismo seja mencionado com mais frequência em Atos do que nas epístolas.

3. Exemplo de Jesus. A importância do batismo é revelada pelo fato de que Jesus pediu batismo (Mateus 3:13-17). O batismo de nosso Senhor por João marcou o início de Seu ministério terreno. A sua imersão no Rio Jordão apontava para Sua futura imersão no sofrimento e morte (Mateus 20:22,23; Lucas 12:50). Jesus levantou-se das águas do batismo e caminhou na sombra da cruz. O batismo dos crentes aponta para a morte consumada de Cristo, Seu sepultamento e ressurreição.

II. Maneira de Batizar

1. Batismo Significa Imersão. Aspergir ou derramar água sobre uma pessoa não é o batismo bíblico. A palavra “batismo” significa imersão. É traduzida da palavra grega baptizo, mergulhar, imergir, afundar. Ela nunca é traduzida como “aspergir” ou “derramar”. A palavra grega para aspergir é rhantizo, e para derramar é ekcheo. É significativo que a Igreja Ortodoxa Grega nunca tenha usado nada além da imersão. Na linguagem grega, a linguagem do Novo Testamento, batismo significa imersão.

2. Revelado pelos Batismos Bíblicos. Os batismos bíblicos foram imersões na água. Esse fato está indicado pelo fato de que João realizou esse serviço sagrado onde havia muitas águas. “Ora, João batizava também em Enom, junto a Salim, porque havia ali muitas águas” (João 3:23). Se João Batista tivesse aspergido água sobre as pessoas que vinham até ele, ele não teria necessidade de buscar por um lugar onde houvesse muitas águas. Jesus foi imergido no Rio Jordão. “E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água” (Mateus 3:16). O etíope foi imerso por Felipe. Ambos desceram até a água, e ambos saíram da água. “E mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou. E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho” (Atos 8:38,39).

3. Provado Pelo Que o Batismo Simboliza. O batismo é um ritual externo que simboliza sepultamento e ressurreição. Somente a imersão retrata aquilo que o batismo simboliza. Aspersão ou derramamento não figura o sepultamento e ressurreição de nenhuma forma. “De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição” (Romanos 6:4,5). “Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos” (Colossenses 2:12).

Batismo e imersão são palavras substituíveis. Onde quer que apareça a palavra “batismo” na Bíblia, a palavra “imersão” pode substituí-la. Esse fato não é verdade quanto às palavras “aspergir” e “derramar”. O significado do texto é preservado se alguém ler: “Nós fomos sepultados com ele pela imersão”. O verso estaria sem sentido se nós lêssemos: “Nós fomos sepultados com ele pela aspersão”. A aspersão e o derramamento não retratam um sepultamento. Somente a imersão apresenta uma figura de sepultamento e ressurreição.

4. Autoridades Admitem que o Batismo é Imersão. Os lexicógrafos, autores de dicionários e enciclopédias bíblicas, reformadores, historiadores da igreja, comentaristas da Bíblia e outros estudiosos admitem que o batismo bíblico é a imersão. Eles reconhecem que os batismos do Novo Testamento eram imersões em água.

Lexicógrafos, incluindo H. G. Liddell e Robert Scott, Greek-English Lexicon (Oxford, 1843), Joseph Henry Thayer, A Greek-English Lexicon of the New Testament (New York, 1886), Samuel Bagster’s The Analytical Greek Lexicon (New York: Harpers), Sophocles, Lexicon of Greek Usage in the Roman and Bysantine Periods, e muitos outros, são unânimes no posicionamento de que a palavra grega batismo significa “mergulhar, imergir, submergir, por sob a água”. O professor Goodwin, da Universidade de Harvard, disse:

O significado clássico de baptizo, que raramente ocorre, e o uso comum bapto, é mergulhar (literalmente e metaforicamente), e eu nunca ouvi em lugar algum que tenha outro significado. Da mesma maneira, eu certamente nunca vi um léxico que apresente aspergir ou derramar como o significado dessa palavra. Eu devo me permitir perguntar porque sou tão frequentemente questionado sobre essa questão, a qual parece-me apresentar uma resposta perfeitamente evidente (Strong, Op. Cit., pág 933).

H. Strong refere-se ao apêndice da Versão de Mateus da União Bíblica Americana, a qual foi editada por Thomas J. Conant (1802-1891). Nessa obra, Conant lista exemplos do uso da palavra batismo.

Delineada por escritores em quase todos os setores da literatura e ciência; por poetas, retóricos, filósofos, críticos, historiadores, geógrafos; de escritos sobre agricultura, medicina, ou história natural, em gramática, em teologia; de quase todas as formas e estilos de composição, romances, cartas, orações, fábulas, odes, epigramas, sermões, narrativas; de escritores de várias nações e religiões, pagãos, judeus e cristãos, pertencentes a muitos países e através de uma longa sucessão de eras.

Em todos, a palavra mantém o seu significado sem alteração. Da era mais remota da literatura grega até o seu fim, um período de cerca de dois mil anos, nenhum exemplo foi encontrado no qual a palavra tivesse qualquer outro significado. Não há um exemplo no qual ela possibilite fazer uma aplicação parcial de água por aspersão ou borrifo, ou limpar, purificar, sem o ato literal de imersão com o significado de limpeza ou purificação (Ibid, pág. 933).

A verdade de que o batismo significa imersão e que a imersão era o modo de batismo do Novo Testamento está afirmada em muitos dicionários bíblicos, por exemplo, William Smith, A Dictionary of the Bible; James Hastings, A Dictionary of the Bible (New York, Scribners, 1903), e A Dicionary of Christ and the Gospels (New York: Scribners, 1906). Esses fatos são apresentados também em Hastings, Encyclopedia of Religion and Ethics (New York: Scribners, 1910, Vol. II, pág. 375, 378); Encyclopedia Britannica (Chicago, 1958, Vol. 3, pág. 83); Encyclopedia Americana (New York, 1958, Vol. 3, pág. 218); Edinburgh Encyclopedia; Catholic Enciclopedia; The New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge; Encyclopedia de Brande; Cyclopedia of Biblical Literature de John Kitto; e outros. Por exemplo, a The Catholic Enciclopedia (New York: Robert Appleton Company, 1907) se posiciona assim:

A forma mais antiga usualmente aplicada foi inquestionavelmente a imersão. Isso não é evidente somente pelos escritos dos pais e dos primeiros rituais de ambas as igrejas Latina e Oriental, mas também pode ser colhido das cartas de São Paulo, que falam de batismo como um banho (Efésios 5:26; Romanos 6:4; Tito 3:5). Na Igreja Latina, a imersão parece ter sido preservada até o século doze. Depois desse tempo é encontrado em alguns lugares quando muito até o século dezesseis. Infusão e aspersão, porém, se tornaram comuns no século treze e gradualmente prevaleceram na Igreja Ocidental (Vol. II, pág. 261, 262).

Martinho Lutero reconheceu a imersão como a maneira correta de batismo. Philip Schaff, um historiador da igreja, observou: “Lutero buscou a restauração da imersão, mas sem resultado” (History of the Christian Church, Vol. II, pág. 251). Martinho Lutero escreveu: “O batismo é um sinal de ambos, morte e ressurreição. Motivado por essa razão, eu gostaria que aqueles que são batizados sejam também completamente mergulhados na água, como a palavra e o dogma significam” (Babylonian Captivity of the Church, Seção 103). Embora João Calvino, um outro líder da Reforma, cresse que outras formas de batismo eram tão válidas quanto a imersão, ele admitiu que a imersão era a maneira bíblica. Ele escreveu: “A própria palavra baptize, entretanto, significa imergir; e é certo que a imersão era a prática da Igreja primitiva” (Institutes of the Christian Religion. Livro IV, Capítulo XV). John Wesley, fundador do Metodismo, praticou o batismo por imersão. Comentando Romanos 6:4 em seu Explanatory Notes on the New Testament (1755), ele escreveu: “Nós somos sepultados com Ele - fazendo alusão à maneira primitiva de batizar por imersão”.

Historiadores da Igreja registram o fato de que a imersão foi a maneira de batismo no Novo Testamento. Philip Schaff escreveu: “A forma usual do ato era a imersão, como é evidente a partir do significado original do grego baptizein e baptisma” (Op. Cit., Vol. I, pág. 122). Johann Neander (1789-1850) escreveu: “Com respeito à forma de batismo, ele era, de conformidade com a instituição original e o sentido original do símbolo, executado por imersão, como um sinal do completo batismo no Espírito Santo, sendo inteiramente impregnado pelo mesmo” (Church History). George P. Fisher, em seu Beginnings of Christianity (1877), observou: “Batismo, agora de comum acordo entre os estudiosos, era comumente administrado por imersão”. Mosheim, o historiador da Igreja Luterana alemã (1694-1755), escreveu: “O batismo era realizado no primeiro século pela imersão total do corpo” (Ecclesiastical History. Londres, 1765). W. J. Conybeare e J. S. Howson, em sua obra clássica, The Life and Epistles of St. Paul, fizeram o seguinte comentário de Romanos 6:4: “Esta passagem não pode ser compreendida a menos que se tenha em mente que o batismo primitivo era por imersão”.

A Igreja Ortodoxa Grega sempre praticou a imersão. Na língua grega, obviamente, a palavra batismo significa imersão. Por muitos séculos, a Igreja Católica Romana também praticou a imersão. Alguns dos primeiros edifícios erguidos pela Igreja Romana incluíram o lugar para se efetuar o batismo. A aspersão ou efusão começou a substituir a imersão à medida que a igreja gradualmente deixava os ensinos da Bíblia. A aspersão, a princípio, era usada somente em casos excepcionais. Séculos mais tarde, a aspersão se tornou uma prática comum. No princípio, a aspersão foi aplicada somente nos casos de batismo de pessoas fracas ou doentes. Esses casos eram chamados “clínicos” ou batismos de acamados. Philip Schaff escreveu:

A validade deste batismo era inclusive posta em dúvida por muitos no terceiro século. De acordo com a lei eclesiástica, o batismo clínico no mínimo incapacitava para o ofício do clero. Efusão e aspersão ainda eram excepcionais no nono século de acordo com Walafrid Strabo (De Rel. Eccl., c. 26), mas eles fizeram um processo gradual com o crescimento do batismo infantil, como o modo mais conveniente, especialmente no clima do norte, e passou para o uso comum no ocidente no fim do século treze (Op. Cit., Vol. II, pág. 249, 250).

5. A Maneira do Batismo é Importante. Quando os defensores da aspersão ou efusão são confrontados com a irrefutável prova bíblica do batismo por imersão, eles recorrem à teoria de que a forma do batismo não tem importância. Eles afirmam que qualquer forma pode ser usada desde que o coração do crente seja sincero. Essa teoria não tem mérito; é uma maneira de fugir do assunto.

A falácia dessa teoria é facilmente reconhecida quando seu raciocínio é aplicado a outros símbolos. A bandeira de uma nação é também um símbolo, é importante por causa do país que ela representa. Alguém poderia dizer que a identidade do tecido exposto no mastro seja sem importância, apenas que o coração do cidadão esteja cheio de patriotismo. Isso não é verdade. A estrutura da bandeira é de maior importância por causa das coisas que ela representa. Ninguém pode alterar uma bandeira sem alterar seu significado. E se o raciocínio dos que advogam a aspersão fosse aplicado à Santa Ceia? Se alguém pode mudar a maneira do batismo, por que não poderia mudar também a maneira da Santa Ceia? Ao invés de ter pão, por que não poderia ser usado outro tipo de alimento? Em lugar de usar o fruto da vide, por que não usar outro tipo de bebida? As duas grandes ordenanças simbólicas da Igreja, batismo e Santa Ceia, não podem ser alteradas. A forma exterior dessas ordenanças não pode ser alterada pois representam realidades espirituais. É importante que o batismo por imersão seja imutável. A imersão do crente na água retrata seu sepultamento e ressurreição com Cristo em novidade de vida.


III. Condições Essenciais para o Batismo

O batismo deve ser precedido pelo arrependimento e pela fé. Aquele que está para ser batizado deve primeiro dar as costas ao pecado através do arrependimento e voltar sua face para Cristo mediante a fé. Quando Pedro disse: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado” (Atos 2:38), ele ensinou que o arrependimento deve preceder o batismo. Quando Jesus disse: “Quem crer e for batizado será salvo” (Marcos 16:16), Ele mostrou que o homem deve crer antes de ser batizado. O batismo é o testemunho externo do pecador de que ele é um crente arrependido. Como o sepultamento da velha vida, o batismo revela que o crente morreu para sua velha natureza. Como entrada em Cristo, o batismo revela que o pecador arrependido exerceu a fé em Cristo.

Alguns homens parecem ter uma ideia de que o batismo é mágico. Eles indicam que há uma virtude sobrenatural na própria água, separado de qualquer significado que possa ter para aquele que está sendo batizado. De acordo com esse pensamento, se uma pessoa foi batizada e não compreendeu seu significado, esta ainda receberá os benefícios espirituais desse ritual. A Bíblia claramente ensina que a imersão na água tem um sentido espiritual somente se o ritual simbólico tiver um significado apropriado para quem está sendo batizado.

IV. Sujeito do Batismo

Os sujeitos adequados para o batismo são os indivíduos que se converteram a Cristo e que tenham indicado o desejo de se arrependerem do pecado e entrarem numa relação vital com Cristo.

Não existe uma idade mínima exata que possa ser estabelecida para o batismo porque os indivíduos diferem no desenvolvimento pessoal, treinamento religioso e habilidade para entender a mensagem do evangelho. É certo, porém, que os sujeitos do batismo devem ser maduros o suficiente para entenderem o significado do batismo.

Os bebês não podem ser biblicamente batizados. O batismo infantil não é válido. As crianças não podem possuir as condições essenciais para o batismo, que são o arrependimento e a fé. A conversão é uma questão pessoal; a conversão por representante não existe. Os pais não podem exercer fé como substitutos da fé de um filho. O batismo de crianças e o batismo pelos mortos são inúteis e sem valor. O batismo infantil é prejudicial. Ele dá uma falsa segurança para o indivíduo mais tarde. Indica que uma mudança de coração é desnecessário. O batismo infantil não é ensinado na Bíblia. Não existe exemplo dessa prática na Igreja do Novo Testamento.


V. Resultados do Batismo

O batismo é o ato externo mediante o qual o crente revela sua obediência a Cristo e o seu desejo de entrar nos benefícios da salvação possibilitados pelo sacrifício de Cristo. Como o arrependimento e a fé, o batismo nos salva (1 Pedro 3:21) porque nos leva para a posição exigida a fim de que Jesus possa nos salvar.

1. Remissão dos Pecados. Um dos resultados do batismo é a remissão dos pecados. O perdão dos pecados é possibilitado pelo sacrifício de Cristo (Romanos 3:25; 1 João 1:7; Apocalipse 1:5). A remissão dos pecados é efetivada na vida do pecador pelo arrependimento, fé e batismo. “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados” (Atos 2:38). “E, agora, por que te deténs? Levanta-te, e batiza-te, e lava os teus pecados, invocando o nome do Senhor” (Atos 22:16). Assim como os egípcios foram afogados no Mar Vermelho (Êxodo 14:13-31), os pecados dos crentes são afogados nas águas do batismo (1 Coríntios 10:1,2,11).

2. Entrada em Cristo. Os crentes são batizados em Cristo. “Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo” (Gálatas 3:27). Eles adquirem uma nova posição diante de Deus em Cristo. Através da conversão, o homem estabelece um relacionamento pessoal e vital com Cristo. O pecador entra em Cristo através da conversão; Cristo entra no crente através do Seu poder. O pecador se torna um crente, um renovo, um corpo, um edifício e uma noiva. O crente se lança sobre Cristo, seu Sacrifício. O ramo é enxertado em Cristo, a Videira (João 15:1-5). O corpo é unido a Cristo, a Cabeça (Efésios 1:22,23; 1 Coríntios 11:3). O edifício é construído sobre Cristo, o Fundamento (Efésios 2:20-22; 1 Pedro 2:5). A noiva é unida a Cristo, o Noivo (Efésios 5:23-32).

O relacionamento vital do crente com Cristo foi ilustrado pelo místico dominicano Johannes Tauler (1300-1361) em seu famoso poema “Meu Senhor”.

Como o noivo para sua escolhida,
Como o rei para seu reino,
Como o guarda sobre o castelo,
Como o piloto para o leme,
Assim, Senhor, Tu és para mim.

Como a fonte no jardim,
Como a vela no escuro,
Como o tesouro no cofre,
Como o maná na arca,
Assim, Senhor, Tu és para mim.

Como o rubi no seu engaste,
Como o mel no seu favo,
Como a luz dentro da lanterna,
Como o pai no lar,
Assim, Senhor, Tu és para mim.

Como a luz do sol nos céus,
Como a imagem no espelho,
Como o fruto na figueira,
Como o orvalho na grama,
Assim, Senhor, Tu és para mim.
- Johannes Tauler

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Capítulo LV - Fé

Capítulo LV


A fé é o reconhecimento de realidades invisíveis. É a confiança no testemunho e fidelidade de alguém. A fé é a resposta do homem ao atributo divino da verdade. Alguém pode crer em Deus porque Ele é confiável; alguém pode ter fé porque Deus é fiel; alguém pode contar com Deus porque Ele é fidedigno; alguém pode acreditar em Deus porque Ele é verdade.


I. Crendo e Vendo

A fé não é dependente da visão física. Ela reconhece a existência de realidades que não podem ser vistas. “Porque andamos por fé e não por vista” (2 Coríntios 5:7). A fé é “a prova das coisas que se não veem” (Hebreus 11:1). “Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas” (2 Coríntios 4:18). Jesus disse: “Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram!” (João 20:29). “Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso” (1Pedro 1:8).

                       “É melhor andar no escuro com Deus
                       Do que andar sozinho na luz;
                       É melhor andar com Ele pela fé
                       Do que andar sozinho por vista.”

                                               Autor desconhecido

Embora a Bíblia coloque fé e vista em contraste, ela também usa a visão como uma ilustração de fé. Um sinônimo bíblico para crendo é olhando. Os homens dizem: “ver é crer”; e a Bíblia diz: “crer é ver”. Sobre Moisés está escrito: “Pela fé, deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível” (Hebreus 11:27). Crer em Deus é olhar firmemente para Ele em amor. Deus disse: “Olhai para mim e sereis salvos, vós, todos os termos da terra” (Isaías 45:22). Miquéias declarou: “Eu, porém, olharei para o Senhor” (Miquéias 7:7 RA). Isaías escreveu: “Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti” (Isaías 26:3). A fé é o constante contemplar do coração de Deus em amor.

A serpente de metal no deserto (Números 21:5-9) é uma figura de Cristo na cruz. “E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado; para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:14,15). As serpentes representam pecado e morte. O poste tipifica a cruz. A serpente de metal figura Cristo que carregou nossos pecados. Olhar para a serpente de metal tipificava o pecador olhando em fé para o Cordeiro de Deus crucificado. Crer é ver.

O escritor de Hebreus desafia os crentes a olharem para Jesus para ter fé n’Ele: “Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual pelo gozo que lhe estava proposto suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus” (Hebreus 12:1,2). Olhando para Jesus é crer n’Ele.

Crer em Cristo não é um simples vislumbre ou uma simples percepção intelectual dos fatos sobre Ele. Crer n’Ele envolve fixar a mente em Cristo de forma intencional e definitiva. Em fotografia, os raios de luz conduzem as delimitações do objeto que está sendo fotografado para dentro das lentes da câmera e as imprime sobre o filme. Pela fé, as características morais de Cristo são conduzidas e impressas sobre a mente e o coração de quem O está constantemente contemplando em amor. “Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2 Coríntios 3:18).

Em um devocional clássico, Hannah W. Smith escreveu:

Sua ideia de fé, eu suponho, tem sido algo assim. Você tem olhado para ela de certa maneira como uma espécie de coisa - como o exercício religioso da alma ou uma disposição graciosa e interna do coração; algo tangível, de fato, a qual, quando você tiver segurança nela, você possa olhar e alegrar-se, e usá-la como passaporte para o favor de Deus, ou como uma moeda com a qual adquire as dádivas divinas. E você tem orado por fé, esperando o tempo todo obter algo assim; e não tendo recebido tal coisa, você tem insistido nisto de que não tem fé.

Agora a fé, de fato, é no mínimo assim. Não se trata de algo tangível. Ela é simplesmente crer em Deus; e como a visão, ela não é nada separada do seu objeto. Você pode também fechar os seus olhos e olhar para dentro, e veja se você tem a visão, como que olhando para dentro para descobrir se você tem fé. Você vê algo e então sabe que tem a visão; você crê em algo e então sabe que tem fé. Pois, como a visão é simplesmente ver, assim a fé é apenas crer. E assim como a única coisa necessária na visão é que você veja o objeto como ele é, assim a única coisa necessária sobre o crer é que você creia em algo como ele é. A virtude não repousa em sua crença, mas naquilo em que você crê. Se você crê na verdade, você está salvo; se você crê na mentira, você está perdido. O ato de crer em ambos os casos é o mesmo; as coisas em que se crê são exatamente o oposto, e isto é o que faz a grande diferença. Sua salvação vem, não porque a tua fé te salva, mas porque ela te liga com o Salvador que salva: e sua crença nada mais é do que este elo.
(Hannah W. Smith. The Christians Secret of Happy Life. New York: Revell, 1888, pág. 75,76)


II. Três Elementos da Fé

Assim como arrependimento, a fé está relacionada com as três funções da mente humana, que são o intelecto, a sensibilidade e a vontade. Intelecto é a habilidade do homem de pensar; sensibilidade a habilidade de sentir; vontade a habilidade de escolher. Em relação ao intelecto, a fé é crer. Em relação à sensibilidade, a fé é convicção. Em relação à vontade, a fé é a confiança.

1. Crer. Crer é a fé relacionada ao intelecto do homem. A crença reconhece a veracidade de certos fatos. O conhecimento é essencial para o crer. É impossível para alguém ter fé sem conhecer o que crê. Para ter fé deve-se compreender aquilo em que acredita. A fé não é meramente olhar; ela é enxergar. O homem crê em Cristo somente depois que ele O conhece. Alguém pode andar com Cristo na escuridão somente depois que tenha se assentado a Seus pés e aprendido com Ele. Os quatro F’s da vida do Cristão são: fatos, fé, sentimento (no inglês, feeling) e frutos. Fatos e fé são requisitos; sentimentos e frutos são resultados. “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Romanos 10:17). Alguns homens fecham suas Bíblias e oram pedindo fé. Eles deveriam abrir suas Bíblias e permitir que Deus lhes dê a fé na medida em que meditam sobre Sua Palavra.

A fé intelectual, apenas, é incompleta. A crença deve produzir convicção, confiança e entrega. Se alguém tem uma grave enfermidade e crê que certo especialista pode curá-lo, ele estará exercendo a fé intelectual. No entanto, apenas a sua fé intelectual no especialista não curaria a sua enfermidade. Somente depois que o paciente vai ao especialista pessoalmente e se entrega em suas mãos, é que ele pode ser curado. A fé apenas intelectual é morta. “Tu crês que há um só Deus? Fazes bem; também os demônios o creem e estremecem” (Tiago 2:19). A fé genuinamente viva inclui a convicção e a confiança, assim como o crer.

2. Convicção. A convicção é a fé quando relacionada ao sentimento ou sensibilidade do homem. A convicção reconhece as verdades e promessas do evangelho como sendo aplicáveis às necessidades imediatas de seu próprio coração. A crença deve ser um reconhecimento objetivo e desinteressado da verdade; a convicção é uma aplicação subjetiva e pessoal dessa verdade para o indivíduo. O crente não apenas acredita que Deus responde a oração, mas ele também tem a convicção em Deus de que Ele responderá a sua oração. Ele não somente sabe que Jesus morreu para que os pecados pudessem ser perdoados, mas tem a certeza que Jesus morreu por ele e é apto para perdoar os seus pecados. O cristão não somente crê que as promessas da ressurreição para a imortalidade são verdadeiras, mas também tem a convicção que Cristo o ressuscitará dos mortos para a imortalidade quando Ele vier. O crente tem completa certeza de Deus e de Cristo. Não somente crê que o que Deus disse é verdade, mas também tem a certeza em Deus que qualquer coisa que Ele possa dizer seria a verdadeiro.

3. Confiança. A confiança é a fé quando relacionada à vontade do homem. A confiança é a verdadeira essência e o elemento que coroa a fé. É descansar de forma completa e inquestionável sobre o outro. Sem a confiança, a crença e a convicção não constituem uma fé que salva. Confiança inclui a crença e a certeza, mas a crença e a convicção podem ser exercidas sem a confiança. Muitos convertidos se tornam “apóstatas” porque sua fé estava limitada ao intelecto e emoções. “Porém o que foi semeado em pedregais é o que ouve a palavra e logo a recebe com alegria; mas não tem raiz em si mesmo; antes, é de pouca duração; e, chegada a angústia e a perseguição por causa da palavra, logo se ofende” (Mateus 13:20,21). A conversão incompleta resulta quando o homem tem conhecimento sobre Cristo e a Bíblia, mas não entrega sua vida a Cristo e confia n’Ele.

A confiança inclui dois pensamentos primários: entrega e apropriação. Como entrega, a confiança é o doar-se a Cristo, o Senhor. Como apropriação, a confiança é o receber a Cristo, o Sacrifício, em sua vida. Dessa forma, uma união vital é estabelecida entre o crente e Cristo.

Entrega. Na conversão, o pecador reconhece Jesus como seu Senhor. Ele reconhece a autoridade de Cristo e permite que Ele se torne a influência dominante em sua vida. A entrega marca a abdicação do eu. Constitui uma declaração de dependência do Senhor; é um voto de fidelidade eterna a Ele. O homem é feito de tal maneira que estará incompleto até que se entregue ao senhorio de nosso Salvador. Uma vez que Jesus é perfeito amor, ninguém precisa ter medo de entregar a sua vida em Suas mãos.

Jesus tem o direito de ser nosso Senhor porque Ele morreu como nosso Sacrifício. Ele nos comprou por um preço. Nós não somos de nós mesmos, nós pertencemos a Ele (1 Coríntios 6:20; 7:23). A principal palavra grega traduzida como “Senhor” é kurios, que significa aquele que tem autoridade e senhorio porque ele é o dono. Jesus é descrito como Senhor por aproximadamente mil vezes no Novo Testamento. Ele disse: “Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou” (João 13:13).

A fé salvadora reivindica a Jesus como Senhor pessoal. “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” (Atos 16:31). “Se, com tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo” (Romanos 10:9). “E, sendo ele consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem” (Hebreus 5:9). Saulo de Tarso perguntou: “Senhor, que queres que faça?” (Atos 9:6). O centro da vida de Saulo foi mudado do eu para Cristo. Ele se rendeu à autoridade de Cristo, e a partir de então viveu como Seu servo. Saulo, o pecador, se tornou Paulo, o apóstolo. Ele disse: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Gálatas 2:20).

A entrega, portanto, é a submissão do crente, consagração, comissão e condescendência do eu ao senhorio de Cristo. É um ato realizado uma só vez e para sempre na conversão. Sua realidade é constantemente reconhecida e reafirmada a cada dia.

            Faça do Seu jeito, Senhor! Faça do Seu jeito!
            Tu és o Oleiro, eu sou o barro.
            Molda-me e me faça de acordo com Tua vontade,
            Enquanto eu espero submisso e calmo.
                                               Adelaide A. Pollard, 1906

Apropriação. Na conversão, o pecador reconhece a Jesus como seu Sacrifício, Substituto e Salvador. Pela confiança em Cristo, o crente atinge e aceita as dádivas da salvação de Deus. Ele identifica a si mesmo como alguém por quem Jesus morreu. Desse modo, ele reclama como seus todos os benefícios espirituais efetivados pelo sacrifício de Cristo. O que Deus tem prometido, ele aceita como um fato. Ele reconhece que ele próprio foi perdoado, justificado, reconciliado, redimido, santificado, recebedor da novidade de vida e adotado. Ele reconhece a verdade de que entrou em Cristo e que Cristo entrou nele. Ele sabe que tem uma nova posição legal e um relacionamento vital com Deus através de Cristo.

Confiança é um ato intencional. Ela envolve a função da vontade do homem. É um ato preciso através do qual o pecador remove todas as barreiras entre ele e Cristo, abre a porta do coração e permite que Cristo entre e faça morada permanente. A confiança em Cristo está descrita como vir a Ele (Mateus 11:28-30; João 6:35,37), como recebê-Lo, como fugir para Ele como refúgio e lançando mão d’Ele (Hebreus 6:18), como o faminto e sedento, e como comendo e bebendo (Isaías 55:1; Mateus 5:6; João 4:14; 6:51-58; 7:37). Nosso Senhor convida: “Venha a mim” (João 7:37). O crente pecador responde: “Senhor, eu vou”.

                       Assim como sou, sem nenhuma desculpa,
                       Mas Teu sangue foi derramado por mim,
                        E como Tu me pediste que fosse até Ti,
                       Ó Cordeiro de Deus, eu vou, eu vou!
                                               Charlotte Elliot, 1836


III. Fé e Conversão

A fé salvadora é um ato da vontade que conecta o pecador com Deus através de Cristo. Por meio do sacrifício de Cristo, Deus removeu a barreira criada pelo pecado do homem em relação à santidade e justiça de Deus. Mediante a fé, o pecador remove a barreira entre ele e Deus, a qual foi criada pela indisposição do homem em aceitar o amor de Deus. A fé abre a porta e permite que Cristo entre como Senhor e Salvador. As lágrimas de fé derrubam a barreira, removem o bloqueio e permitem que a gloriosa graça de Deus flua no coração do pecador. Por decisão voluntária e pessoal da vontade, o pecador identifica a si mesmo com Cristo e se apropria dos benefícios da Sua obra salvadora.


IV. Fé e Vida Cristã

Na conversão, a fé é um ato definitivo da vontade pelo qual o pecador se rende a Cristo para a eternidade. Na sequência da vida cristã, a fé é um ato contínuo e uma atitude constante pela qual o crente mantém sua relação redentora com Cristo. Na conversão a fé é um ato; nos anos que se sucederem na vida cristã, a fé é um ato contínuo e uma atitude constante. Como um ato na conversão, fé é firmar intencionalmente os olhos do coração sobre Cristo, como Senhor e Salvador. Como uma atitude, do princípio ao fim da vida cristã, a fé é um olhar constante e uma ininterrupta contemplação do coração dirigida a Cristo por meio do amor.

Nosso Senhor expressou dois pensamentos paralelos: “Mas a Deus tudo é possível” (Mateus 19:26) e “Tudo é possível ao que crê” (Marcos 9:23). Em certo sentido, a fé é a mão que move a mão de Deus. Tudo é possível pela fé porque a fé torna possível a obra de Deus na vida do crente. A fé provê o canal pelo qual as bênçãos do evangelho podem fluir do coração de Deus para o coração dos pecadores.

Fé está associada com a salvação: Marcos 16:16; Atos 16:31; Romanos 1:16; 10: 9,10; Efésios 2:8; 2 Timóteo 3:15. A fé está associada com a oração: Mateus 21:22; Marcos 11:24; João 15:7; Tiago 5:15; 1 João 5:14,15.