Capítulo XXX
A Definição de Pecado
A Definição de Pecado
No capítulo anterior, nós consideramos o pecado como uma doutrina,
uma realidade trágica e uma experiência universal de todos os homens. Nós
estudamos a culpa dos pecadores diante de Deus e as falsas definições do
pecado, que negam a responsabilidade humana. Neste capítulo, vamos considerar a
verdadeira definição e natureza do pecado.
I. O que é o pecado
O pecado é contrário ao caráter de Deus, oposição ao governo de
Deus e transgressão das leis morais de Deus.
1. Contrário ao Caráter de Deus. O pecado é contrário ao caráter de Deus, o que é determinado por
Seus atributos morais. Seus três atributos morais primários são santidade, amor
e verdade. O exercício objetivo desses atributos morais constituem a glória de
Deus. O pecado como contrário ao caráter de Deus vem diminuir a Sua glória. A
impiedade é a falha em buscar ser semelhante ao caráter de Deus. Os pecadores
falham em possuir uma moral semelhante à de Deus. Eles falham em ter santidade,
amor e verdade como atributos determinantes de suas vidas.
2. Oposição ao Governo de Deus. Deus é Supremo governante do universo. Ele é Rei, Legislador e
Juiz. “O seu reino domina sobre tudo”. Todas as criaturas, quer compreendam
isso ou não, são cidadãs sob Seu domínio. O que se requer delas é o reconhecimento
de Sua suprema autoridade e uma vida de obediência a Ele. O pecado é a oposição
ao governo de Deus. É a predisposição em resistir a autoridade absoluta de
Deus. No pecado, o homem se firma em ativa hostilidade e antagonismo ao
Governante do universo. Ele posiciona a si mesmo como centro do seu universo de
pensamentos e ações. Ele busca ocupar a posição Suprema de Deus. Essa atitude é
a essência do orgulho.
James Orr escreveu: “O pecado, na visão Bíblica, consiste na
revolta da vontade da criatura a partir de sua correta fidelidade para com a
Suprema vontade de Deus, e a configuração de uma falsa independência, a
substituição de uma vida para si mesmo ao invés de uma vida para Deus” (Op.
Cit., pág. 172).
3. Transgressão da Lei Moral de
Deus. O pecado é a transgressão da lei moral de
Deus. “Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o
pecado é a transgressão da lei” (1 João 3:4 RA). O pecado é a falha em não se
conformar aos padrões morais de Deus para a humanidade.
As leis morais de Deus resultam do exercício de Sua vontade. Elas
são expressões de Seus atributos morais. Deus pede aos homens que sejam como
Ele em caráter. Ele disse: “Sede santos, porque Eu sou santo” (1 Pedro 1:16).
“Amemos uns aos outros... porque Deus é amor” (1 João 4:7,8).
O pecado falha em observar os limites prescritos ao homem por
Deus. Ele é um desvio do padrão requerido. Ele é a falha em atingir o alvo. Ele
é a ultrapassagem dos limites que Deus indicou. Ele inclui desobediência e
ilegalidade. Ele é a falta de conformidade com as instruções de Deus.
De
acordo com a Escritura, o pecado é a não conformidade com a lei Divina, que foi
dada ao homem como uma norma; e essa norma refere-se à condição do homem
(status, habitus) e também às suas ações individuais externas e internas
(actiones, internae et externae), como a Escritura declara em 1 João 3:4: “O
pecado é a transgressão da lei” (Pieper,
Francis. Christian Dogmatics. Saint Louis: Concordia, 1950, Vol. I, pág. 258).
A transgressão da lei moral de Deus pelo homem é um ato. Sua
oposição ao governo de Deus é um princípio ou uma disposição permanente da sua
vontade. Sua contrariedade ao caráter de Deus é um estado ou condição
espiritual.
II. Um Termo Atlético
Em todo jogo atlético são empregadas certas expressões para
especificar violações das regras do jogo. No basquete, os jogadores cometem
falta pessoal. No futebol, um jogador pode estar em impedimento. No beisebol, o
jogador pode ser eliminado. No tiro com arco e flecha, se o atirador falha em
atingir o centro do alvo, ele comete uma transgressão ou pecado. Pecado é um
termo do arqueirismo.
Transgressão é a falha em atingir o centro do alvo. As principais
palavras hebraicas para pecado são chattah
(substantivo) e chata (verbo). A
principal palavra grega para pecado é hamartia
(substantivo) e hamartano (verbo). A
palavra chata é usada em Juízes
20:16: “Entre todo este povo havia setecentos homens escolhidos, canhotos, os
quais todos atiravam com a funda uma pedra a um cabelo e não erravam.” Ao
atirarem as pedras os canhotos atingiam o alvo. Eles não erravam a marca, eles
não transgrediam.
O alvo moral que os homens devem atingir é a completa obediência a
Deus em ações, disposição e estado. Os homens, porém, têm falhado em atingir o
alvo. Eles têm perdido a marca. Eles têm se ausentado da glória de Deus.
III. Algumas Definições Teológicas
O Catecismo Maior de Westminster define pecado: “Pecado é qualquer
falta de conformidade, ou transgressão de qualquer lei de Deus, dada como norma
para as criaturas racionais” (Resposta à questão 24).
O Dr. August A. Strong oferece a seguinte definição: “Pecado é a
falta de conformidade à lei moral de Deus, tanto em ato, disposição ou estado”
(Op. Cit., pág. 549).
O Dr. Charles Hodge,
professor de Teologia no Seminário de Princeton, escreveu há um século: “A
verdadeira natureza do pecado é a alienação de Deus e oposição ao seu caráter e
vontade” (Systematic Theology. Grand Rapids: Eerdmans, 1952. Vol. II, pág.
149).
Contribuindo com o artigo “Soteriologia”, na Enciclopédia do
Século Vinte, Kennedy F. Foreman escreveu a seguinte explanação sobre a
natureza do pecado:
Pecado
é a corrupção da natureza do homem, de tal maneira que, embora pela criação ele
fosse direcionado para a comunhão com Deus e reflexo de Sua natureza (à imagem
de Deus), ele agora não somente é inadequado para essa comunhão, estando
separado da salvação, como também não a deseja; por certo, na prática ele está
(embora talvez de forma inconsciente) em rebelião contra Deus. O pecado não é
uma série de atos errôneos ou omissões descuidadas, mas a raiz de tudo isso. O
pecado não é um adorno feio pendurado na árvore de Natal, que poderia ser
removido um por um, mais do que isso, é o que faz um arbusto venenoso produzir
frutas venenosas. Esse é “o caminho em que estamos”. Essa situação humana é
universal; todos nascem nela. Isso é um predicado porque o homem, por sua
própria conta, está mais ou menos inconsciente do problema real, e é incapaz de
ajudar a si mesmo, porque perdeu a perspectiva de ver-se e o poder de livrar-se
do que o destrói. Ele tem a impressão de que necessita ser salvo dos seus
temores – do perigo, vergonha, falha, dor e morte. O que ele não vê é a
necessidade de ser salvo de si mesmo (Twentieth
Century Enciclopedia. Artigo: “Soteriology.” Grand Rapids: Baker Book House, 1955. Vol. II,
pág. 1049).
Concernente à classificação de pecados, o Dr. Lewis Sperry Chafer
escreveu:
“Novamente, o pecado pessoal deve ser classificado de acordo com
seus aspectos gerais:
1)
Com relação aos requisitos divinos,
eles podem ser omissivos ou comissivos;
2)
Com relação ao objeto, eles podem
ser contra Deus, o próximo ou a si próprio;
3)
Com relação à abrangência, eles
podem ser internos (da alma) ou externos (do corpo);
4)
Com relação à atribuição, eles
são pessoais, ou de outros, na qualidade de participantes com o transgressor (1
Timóteo 5:22). Provavelmente não exista uma prática do pecado mais difícil de
eliminar do que aquela em que houve a parceria de outras pessoas. A razão para
isso é clara. Alguém não pode abandonar a iniciativa, como poderia se estivesse
sozinho, sem aparentemente incriminar o outro, ou outros, ou parecer superior
ao outro, ou outros;
5)
Com relação à intenção, eles são
voluntários, ou involuntários, o que pode ser devido à ignorância, paixão incontrolável
ou doença;
6)
Com relação à pecaminosidade, ele
pode ser maior ou menor;
7)
Com relação ao sujeito, ele pode
ser do não salvo ou do salvo;
8) Com relação à pena divina, alguns
pecados são julgados ao menos parcialmente neste mundo, enquanto outros são julgados
no mundo porvir;
9)
Com relação ao perdão divino,
eles são imperdoáveis ou perdoáveis;
10) Com relação à sua causa, eles podem ser
pecados de ignorância, imprudência, insensatez, concupiscência, malícia ou
presunção;
11) Com relação a Deus como Governante do
universo, os pecados demandam Sua vingança, ou demandam Sua longanimidade (Op.
Cit., Vol. II, pág. 268, 269).
IV. A Essência do Pecado
A essência do pecado é o egoísmo. O pecado é igual opor-se a si
mesmo contra Deus ou distanciar-se de Deus. O pecado é a afirmação de si em
antagonismo à autoridade de Deus e contrário à Sua lei. O homem peca porque ele
é egocêntrico ao invés de centrar-se em Deus. O ego dentro do homem usurpa a
posição de autoridade de Deus. A personalidade do homem é governada pelo eu, o
tirano, ao invés de Deus, o Rei.
O egocentrismo é a fonte de onde afloram todos os pecados. Mesmo
alguma obra de aparente nobreza do homem natural é na realidade o egoísmo
mascarado. Agostinho e Aquino identificaram o orgulho como a essência do
pecado. Lutero e Calvino criam que a essência do pecado era a descrença.
Orgulho e descrença, entretanto, encontram sua natureza básica no egoísmo. Esses
pecados resultam de uma vida governada pelo ego.
Alguém observou que a avareza é o desejo egoísta por posses;
ambição é o desejo egoísta pelo poder; vaidade é o desejo egoísta por apreço;
orgulho é o desejo egoísta pela independência. Descrença é a afeição egoísta na
medida em que ela afasta da verdade de Deus. A inimizade é a afeição egoísta na
medida em que afasta do amor de Deus. Lascívia é o amor egoísta.
No centro da palavra pecado está a palavra “eu” (* nota do
tradutor: em inglês, a palavra pecado é sin,
e a palavra eu é apenas a letra i). Remova o “eu” – egocentrismo, orgulho e
egoísmo – do pecado, e nada restará. Conte os pronomes pessoais (eu, meu, mim)
na parábola do rico insensato (Lucas 12:15-21) e na parábola do irmão mais
velho (Lucas 15:25-32).
As leis de Deus podem ser resumidas pelo amor (Mateus 22:36-40;
Romanos 13:8-10; Gálatas 5:14); por consequência, o pecado, que é a
transgressão da lei de Deus, pode ser resumido pelo egoísmo.
O perfeito Filho de Deus era sem pecado. Ele não era dominado pela
natureza centrada no ego. Ele viveu em completa submissão e obediência a Deus.
Ele sempre fez as obras que agradaram a Deus (Hebreus 10:7, 9; João 4:34; 5:30;
6:38; 8:29).
O fato de o egoísmo ser um elemento dominante na vida dos pecadores
fica evidente no fato dos crentes serem descritos como tendo morrido para si
mesmos (Gálatas 2:20). Eles não vivem mais para si, mas para Aquele que morreu
por eles (2 Coríntios 5:15). Sua conduta está cheia de fruto do Espírito em
lugar das obras da carne (ou de si), pois estão centralizadas em Cristo.
(Gálatas 5:19-23).
O que produz o pecado dentro do homem é a autoexistência humana
apartada de Deus, independente da autoridade de Deus, e em antagonismo a Ele.
Pecado
é essencialmente egoísmo ou autoestima, colocando o eu no lugar de Deus. Ele
tem quatro características principais ou manifestações: (1) autossuficiência em
lugar da fé; (2) vontade própria em lugar da submissão; (3) egoísmo em lugar da
benevolência; (4) justiça própria em lugar da humildade e reverência (Samuel
Harris em Bibliotheca Sacra, 18:148. Citado por Strong, Op. Cit., pág. 572,
573).
A
individualidade pessoal da criatura ignora Deus, nega Deus; e a personalidade
negando a autoridade de Deus posiciona-se como autoridade final, como a lei
primordial, entronizando assim o eu para destronar Deus (Gerhart, Emmanuel V.
Institutes of the Christian Religion. Nova York: Funk & Wagnalls, 1894.
Vol. II, pág. 141).
O
pecado, portanto, não é simplesmente algo negativo ou a abstenção do amor de
Deus.É uma escolha fundamental e positiva ou a preferência de si ao invés de
Deus, como objeto de afeição e finalidade suprema do ser. Ao invés de fazer de
Deus o centro de sua vida, rendendo-se incondicionalmente a Deus e possuindo a
si mesmo unicamente em submissão à vontade de Deus, o pecador faz de si o
centro de sua vida, ele se coloca diretamente contra Deus, e constitui seu
próprio interesse como a razão suprema e sua própria vontade como regra suprema
(Strong, Op. Cit., pág. 572).
Plano de Deus para o Homem. A soberania do eu é um rompimento do plano original de Deus para
o homem. O homem foi criado para ser semelhante a Deus, centralizado em Deus e
direcionado a Deus. O Criador planejou a personalidade humana, o ego humano, o
eu para ser submisso à Sua autoridade e obediente à Sua vontade. O homem
deveria reconhecer a sua dependência de Deus. Num constante relacionamento
vertical divino-humano, o homem deveria experimentar a comunhão com o seu
Criador. Seu coração deveria se encher de humildade, reverência, adoração e
amor por seu Senhor.
A Revolta do Homem. No princípio, o homem esteve em comunhão com Deus, reconhecendo
Sua soberana autoridade e obedecendo Sua vontade. Então Adão escolheu a si
mesmo ao invés de Deus. Ele se rebelou contra a autoridade de Deus; ele recusou
obedecer a vontade de Deus.
Adão teve uma única tentação. Ele não foi tentado a roubar, matar,
desonrar seu pai e mãe, cometer adultério ou proferir falso testemunho contra
seu próximo. É preciso apenas uma enfermidade para alguém ficar doente; Adão só
precisou cometer um pecado para se tornar um pecador. Uma tentação foi o
suficiente para revelar o caráter interior do primeiro homem.
Como uma personalidade que possui intelecto, sensibilidade e
vontade, o primeiro homem teve a habilidade de escolher. Foi-lhe confiado o
poder de tomar decisões. Ele estava livre para obedecer ou desobedecer a Deus.
Quando tentado, Adão escolheu desobedecer a Deus. O ato exterior
de comer o fruto proibido foi uma revelação de sua revolta interior contra
Deus. Adão pecou externamente porque ele pecou primeiro interiormente. Ele
deliberadamente se tornou autocentrado ao invés de centrado em Deus. Em lugar
de reconhecer a autoridade de Deus, Adão declarou sua independência. Ao invés
de obedecer a vontade de Deus, ele fez o que ele mesmo desejou fazer. É como se
Adão dissesse: “Ninguém vai me dizer o que fazer. Ninguém vai me comandar. Eu
farei exatamente o que eu quero fazer. Eu sou o meu único senhor e mestre. Eu
sou o Número Um. Eu estou no comando. Eu sou autossuficiente e posso obter tudo
sem ajuda externa. Eu posso me firmar sobre meus dois pés. Eu posso cuidar de
mim. Eu não preciso de Deus”. O pecado de Adão foi uma declaração de
independência de Deus.
As nações da terra são descritas como fazendo afirmações similares
de independência no Salmo 2. “Por que se amotinam as nações, e os povos
imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, e os príncipes juntos se
mancomunam contra o Senhor, e contra seu ungido, dizendo: Rompamos as suas ataduras
e sacudamos de nós as suas cordas” (Salmos 2:1-3).
Quando Adão pecou, o relacionamento original divino-humano foi
quebrado. Adão rompeu o relacionamento com seu Criador. O homem caído caminhou
sozinho. Por vontade própria, Adão ergueu uma barreira entre ele e Deus. As
janelas de seu coração, que foram celestialmente abertas, agora estavam
fechadas. Sua vida interior encheu-se da escuridão. Seu contato vertical com
Deus foi destruído.
Separado de Deus, o homem se encontrou numa condição anormal. O
homem foi feito de maneira a estar incompleto quando separado de Deus. Como os
planetas no sistema solar giram em torno do sol como o seu centro, assim o
homem é feito para ser centrado em Deus. Como as flores que atingem a
maturidade, beleza e realização de propósito através de sua resposta ao brilho
do sol, assim o homem encontra a satisfação do coração, suficiência de vida e
realização da personalidade através de seu relacionamento com Deus. Sem Deus,
Adão era como um círculo sem um centro, um sistema solar sem um sol.
Eu o Tirano. A parte central do coração de Adão projetado por Deus se encheu
de egoísmo. Adão, o servo de Deus, foi transformado (ou deformado) em Adão, o
tirano. Sob um governo despótico de si mesmo, os instintos normais dados por
Deus a Adão, como autopreservação, autoexpressão e autoaperfeiçoamento foram
distorcidos e pervertidos. Cedendo a esses instintos pervertidos, produziu o
pecado.
O antagonismo do eu para com Deus é aparente nas seguintes
escrituras: “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não
é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na
carne não podem agradar a Deus” (Romanos 8:7, 8). “Não sabeis vós que a amizade
do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do
mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tiago 4:4).
Violando a lei de Deus, os pecadores são criminosos debaixo do
governo moral de Deus. Em se colocando como governantes em antagonismo a Deus,
os pecadores são inimigos de Deus. O eu e Deus andam em direções opostas.
Possuem propósitos cruzados. O eu enfrentará a derrota e a destruição
definitiva.
Miséria do Individualismo. A infelicidade humana resulta do fato de que ele está centrado em
si mesmo ao invés de estar centrado em Deus. A vida interior do homem está
cheia de miséria porque o tirano, o eu, está no trono. O pecado é anormal. É
estranho ao plano original de Deus para o homem. A tirania do homem resulta no
caos. O relacionamento divino rompido produz relacionamentos humanos pervertidos.
O homem não pode ter um relacionamento horizontal apropriado com a humanidade a
menos que ele tenha um relacionamento vertical apropriado com Deus. O homem não
pode viver em retidão até que viva em piedosa devoção. A sociologia deve
resultar da teologia. Um relacionamento correto do homem para com seu próximo
deveria ser a expressão social de sua relação redentora com Deus. Só podemos
amar o próximo como a nós mesmos da maneira adequada quando amamos o Senhor
nosso Deus supremo.
A miséria do egoísmo somente pode ser removida pelo destronamento
do eu e a entrega da vida ao governo de Deus através de Seu Filho, Jesus
Cristo. Essa transformação não pode ser produzida por meros esforços humanos ou
um ajuste psicológico. A salvação tem origem na graça de Deus; está
fundamentada sobre o sacrifício de Cristo; e é efetivada através do poder de
Cristo. É preciso entrar em Cristo antes que Cristo entre em nós. Deve-se
estabelecer uma relação redentora apropriada com Cristo através da conversão,
antes que Cristo possa entrar em nossa vida e se tornar Senhor e Governante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Escreva, escrever é dar vida ao seu pensamento