segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Parte Dois - Antropologia - Capítulo XIX - A Origem do Homem


Parte Dois
ANTROPOLOGIA


Capítulo XIX
A Origem do Homem

Cada geração deriva sua existência de uma geração precedente. O homem hoje recebe vida de seus pais, dois seres humanos que já possuem vida. Cada geração constitui um elo adicional na longa corrente de transmissão da vida de pais para filhos. Esse é um processo eterno? A raça humana teve uma origem?

Sim, o homem teve uma origem. Nem sempre ele existiu. Houve um tempo em que não havia homens vivendo sobre a Terra. A espécie humana teve um princípio definido no passado. Houve um elo original na corrente da vida humana. Num dado momento, ganharam vida o primeiro homem e a primeira mulher.

Qual, então, foi a origem do homem? De onde veio a raça humana? Como começaram as espécies humanas?


I. A Criação do Homem por Deus
A Bíblia claramente ensina que o homem deve sua origem a Deus. “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gênesis 1:27). Deus fez duas pessoas, Adão e Eva, que se tornaram os progenitores de toda a raça humana. Adão e Eva receberam a vida de Deus. Através deles, a vida humana foi transmitida a todas as gerações posteriores.

O homem não resultou de qualquer “lenta operação de causas naturais não inteligentes e da variação acidental da natureza”. A raça humana não foi produzida por nenhum processo de desenvolvimento das formas de vida inferiores. O homem resultou de um ato criativo particular e direto de Deus.

O relato histórico da origem do homem está registrado nos dois primeiros capítulos de Gênesis. O primeiro estabelece o fato da criação do homem; o segundo descreve a maneira de sua criação. O primeiro capítulo apresenta um majestoso resumo da criação do universo por Deus, com o homem sendo criado no sexto dia. O segundo apresenta uma explanação detalhada da formação do homem. O primeiro capítulo anuncia que Deus criou a raça humana. O segundo explica como Deus criou o primeiro homem e a primeira mulher.

A criação do homem por Deus é descrita em Gênesis 2:7: “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego de vida; e o homem foi feito alma vivente”.

A formação da primeira mulher é descrita em Gênesis 2: 21, 22: “Então, o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar. E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão”.

O fato de que Deus criou o homem é apresentado repetidamente na Bíblia. “Deus criou o homem sobre a Terra” (Deuteronômio 4:32). “Lembra-te do teu criador” (Eclesiastes 12:1). “Ajoelhemos diante do Senhor que nos criou” (Salmos 95:6). “Foi Ele que nos fez” (Salmos 100:3). Jó escreveu: “O Espírito de Deus me fez, e a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida” (Jó 33:4). Deus disse: “Eu fiz a Terra e criei nela o homem” (Isaías 45:12). Jesus ensinou: “No princípio, o criador os fez macho e fêmea” (Mateus 19:4). Paulo declarou: “Sendo nós, pois, geração de Deus” (Atos 17:29). O ensino uniforme em toda a Bíblia está em perfeito acordo com o relato de Gênesis sobre a origem do homem. Aquele que rejeita o relato da criação no Gênesis rejeita um ensino básico da Bíblia como um todo.

O homem existe porque Deus o criou e lhe deu a vida. O homem foi criado não porque quisesse ser criado, mas porque Deus desejou criá-lo. “Porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas” (Apocalipse 4:11). O propósito da existência do homem repousa no coração e na vontade de Deus.

O homem ocupa a mais alta posição entre as criaturas da Terra. Ele é superior ao reino animal, vegetal e mineral. Tendo sido criado depois de todas as criaturas, ao homem foi dada a posição de senhorio sobre a Terra (Gênesis 1:26-28; 9:2; Salmos 8:6-8; 115:16). O redimido experimentará os benefícios completos do senhorio do homem sobre a natureza no futuro reino de Cristo (Hebreus 2:6-10). Cristo será Rei dos reis, governando sobre a Terra. Ele exercerá completo controle sobre toda a natureza. Seu futuro reino na Terra será universal em extensão e eterno em duração. Os redimidos serão coerdeiros com Ele.


II. A Teoria da Evolução
A mais predominante das falsas teorias a respeito da origem do homem é a evolução. De acordo com essa teoria, o homem resultou de um processo de desenvolvimento de formas inferiores de vida. Alguns evolucionistas acreditam que o homem evoluiu de um macaco antropoide já existente. Eles afirmam que cada raça humana evoluiu de uma diferente variedade de macaco. Eles sugerem que a raça amarela evoluiu do orangotango, a raça negra do gorila e a raça branca do chimpanzé. Muitos evolucionistas, entretanto, acreditam que o homem moderno e os macacos antropoides existentes hoje evoluíram de um único animal ancestral que está agora extinto.

Certos elementos da teoria da evolução foram estabelecidos por Lamarck (1744- 1829) na sua obra Philosophie Zoologique. A teoria foi desenvolvida por Charles Darwin (1809–1882). Suas duas obras famosas são “A origem das espécies” (1859) e “A descendência do homem” (1871).

O problema da origem do homem é apenas uma das preocupações da evolução. Essa teoria é usada para explicar a origem e o desenvolvimento de todos os seres vivos. Evolucionistas creem que todos os seres viventes tiveram sua origem numa única massa de protoplasma ou num vapor ardente. Eles creem que todos os organismos, vivos ou extintos, tiveram origem nessa partícula original de vida através da lenta operação de causas naturais e variação acidental.

De acordo com essa hipótese, novas espécies de plantas e animais foram originadas e perpetuadas por um processo de seleção natural e de sobrevivência do mais adaptado. As plantas e os animais produziram descendência com variações. As variações eram acidentais e imprevisíveis. Aquelas plantas e animais que apresentavam fracas características de adaptação aos seus ambientes foram extintas. Somente o mais adaptado sobreviveu. Aqueles que se adaptaram melhor ao seu ambiente sobreviveram e transmitiram qualidades especiais que acidentalmente adquiriram de seus antepassados. A geração sobrevivente era tão diferente dos pais que era presumível o surgimento de novas espécies. As novas espécies eram mais complexas e avançadas que seus predecessores. Elas evoluíam constantemente para formas de vida superiores. Supõe-se que depois de milhões de anos nesse processo, a frágil partícula original da vida foi sendo transformada de espécie em espécie na escala evolucionária até o macaco antropoide, resultando finalmente no homem.

Os quatro argumentos geralmente utilizados pelos evolucionistas para ensinar que o homem evoluiu de animais ancestrais são: (1) Anatomia comparativa, em algumas particularidades os corpos dos animais e homens são similares; (2) Órgãos rudimentares, órgãos internos do homem; como o apêndice vermiforme que parece inútil hoje pode ter sido útil para os animais ancestrais do homem; (3) Embriologia, supõe-se que a criança humana ainda não nascida passa por vários estágios animais que representariam certos animais, como peixe e réptil. (4) Paleontologia, fósseis remanescentes de homens ancestrais supostamente indicam um ancestral animal do homem.

A evolução não é verdadeira. É uma hipótese falsa. Nunca foi verificada mediante fatos. Não pode ser provada. A evolução, adotada por muitos cientistas como uma teórica válida, é em si mesma anticientífica. A evolução é rejeitada por muitos cientistas.

A falsa premissa, sobre a qual a evolução está baseada, é a suposição de que uma espécie pode se transformar em outra. No entanto, as espécies de plantas e animais são fixas. Elas constituem círculos que nunca se rompem. Deus criou cada planta e cada animal “conforme a sua espécie”. Uma espécie não pode ser transformada numa outra espécie.

É verdade que alguém pode observar variação e mudança nas características externas de plantas e animais dentro da mesma espécie. O grau de variação entre gerações é determinado, porém, por certas características que as espécies herdaram dos pais. Pode haver variação de adaptação entre os seres vivos dentro do mesmo círculo de espécies, mas a vida não pode passar de um círculo para outro. Deus estabeleceu na criação fronteiras com limites fixos entre cada espécie básica de plantas e animais. Existe um abismo fixo entre os reinos animal e vegetal e entre o reino animal e a raça humana. Sobre essas linhas divisórias, o processo de evolução jamais poderá cruzar. Os botânicos têm produzido rosas de quase todas as cores, tamanhos e formas imagináveis, mas eles não podem transformar uma rosa em outra planta. Entomologistas fazem experiências com insetos, produzindo-os de forma a exibir várias  características, mas eles nunca estarão aptos a evoluir um inseto de uma espécie para outra espécie.

Dr. Wilbur M. Smith cita o relato do geneticista vegetal sueco, Heribert Nilson, sobre a imutabilidade das espécies.

“O indivíduo é constituído por unidades hereditárias… chamadas genes, os quais são supremos e imutáveis como os átomos da química... A variação é causada pela recombinação dos genes, não pela sua mudança. A variação é, portanto, restrita pelas possibilidades de combinação dos genes. E estes estão limitados pelas possibilidades de cruzamento. Então novamente, desde que indivíduos pertencentes a diferentes espécies de plantas e animais não podem acasalar, muito menos produzir descendentes, a combinação de variações está confinada à espécie. Variantes são formadas, cruzadas e se levanta uma sequência caleidoscópica dentro da espécie. Mas as espécies permanecem na mesma esfera de variação. As várias espécies permanecerão como círculos que não se cruzam. Espécies são constantes” (Smith, Wilbur M. Therefore, Stand, Boston: W. A. Wilde Co., 1946, pp. 570, 571).

Dr. A. H. Strong escreveu:

O espaço entre o macaco inferior e o gorila superior é repleto de inumeráveis gradações intermediárias. O espaço entre o homem inferior e o homem superior está também repleto de muitos tipos em tonalidades próximas um do outro. Mas o espaço entre o gorila superior e o homem inferior é absolutamente vazio, não existem tipos intermediários; não foram encontrados elos de conexão entre o macaco e o homem (Op. cit., p. 471).

Não existem graduações intermediárias entre o macaco e o homem. Huxley, na obra Man’s Place in Nature, p. 94, nos conta que o mais baixo gorila tem uma capacidade do crânio em 24 polegadas cúbicas, enquanto o maior gorila tem 34,5. Em contrapartida, o homem inferior tem uma capacidade de crânio de 62; embora homens com menos de 65 sejam invariavelmente idiotas; o homem superior tem 114. Professor Burt G. Wilder da Universidade de Cornell: “O maior cérebro de macaco é somente a metade do tamanho do menor cérebro humano normal (Ibid, p. 470).

Mesmo que o  argumento da anatomia comparativa seja considerado, o fato de existir certa similaridade com relação ao corpo dos homens e animais, não indica que animais são ancestrais dos homens. Semelhança estrutural não é prova de relação genética. A semelhança revela a obra unificada e harmoniosa de um criador. A estrutura do átomo é similar à estrutura planetária do sistema solar. Toda a criação evidencia a obra de uma mente, um arquiteto divino.

As assim chamadas rudimentares ou glândulas de vestígio, as quais por anos foram consideradas inúteis e restos atrofiados do animal ancestral do homem, agora sabe-se que são partes vitais do corpo do homem. A glândula pituitária, por exemplo, foi listada certa vez pelos evolucionistas como um vestígio, uma glândula inútil. Agora aquela glândula é reconhecida como sendo de extrema importância. Toda glândula e órgão foi designada para um uso específico. A falha do homem em descobrir esse propósito não indica que sejam inúteis.

A similaridade com vários animais no estágio embrionário não prova que eles tenham relação genética. Isso não provê evidência de que o homem teve um ancestral animal. Além disso, os paleontologistas não descobriram nenhum fóssil remanescente que prove um elo, a conexão entre homens e animais.

Evolucionistas ateístas creem que o material original do qual a presente ordem dos seres vivos evoluiu não foi criado. Eles acreditam que a matéria é eterna e que a vida originalmente veio a existir através de algum processo químico desconhecido.

Evolucionistas teístas acreditam que Deus criou a partícula original da vida, mas declaram que a evolução é o método pelo qual todas as espécies de criaturas alcançaram sua atual existência.

Ambas as teorias da evolução são falsas. O homem não evoluiu a partir dos animais, nem através dos animais. Ele resulta de um ato particular e direto de Deus.

III. Outras Teorias Sobre a Origem do Homem
1. Eternidade da Matéria. Os homens que acreditam na eternidade da matéria asseguram que o universo não teve origem. Eles dizem que a matéria sempre existiu e é autoevolutiva. De acordo com essa teoria, o universo material contém tudo que haveria de necessitar e passa por estágios de desenvolvimento de acordo com certas leis eternas. O homem, sustenta essa teoria, é resultado desse processo de desenvolvimento.

2. Geração Espontânea. Geração espontânea, também conhecida como “abiogenesis”, é a teoria que a terra reteve em si os germes de vida de todas as criaturas viventes, e quando as circunstâncias se tornaram favoráveis, a terra espontaneamente produziu plantas, animais e homens. Richard Owen e H. C. Bastian estão entre aqueles que defenderam essa teoria.

3. “Emanação”. O panteísmo afirma que o universo, incluindo o homem, é da mesma substância de Deus, que o universo é meramente uma projeção da existência de Deus, e que o homem e o universo são partes de Deus. Essa teoria é falsa. Deus tem existência independente de suas criaturas. O homem é uma criatura de Deus; ele não é uma projeção da própria existência de Deus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Escreva, escrever é dar vida ao seu pensamento