terça-feira, 15 de março de 2016

Capítulo III - Fonte de Autoridade da Teologia



Capítulo III
Fonte de Autoridade da Teologia

A Bíblia é a única fonte autorizada de verdades para a Teologia Sistemática. Ela é a única autoridade para a doutrina e a conduta cristã. É a única e infalível regra de fé e prática; é o teste da verdade. A Palavra de Deus é a autoridade final onde as questões teológicas devem ser referidas. É a única medida que alguém pode usar para formular doutrinas verdadeiras a respeito de Deus e Seu relacionamento com o universo.

I. Teologia e Verdade
O Cristianismo é baseado em fatos. A Teologia da verdadeira religião cristã é precisa; incorpora a verdade; está de acordo com a realidade. As doutrinas teológicas da Bíblia estão de acordo com a mente de Deus, que é a verdade e a fonte de toda a verdade.

As religiões pagãs são caracterizadas pela ignorância, superstição e fantasiosa especulação. O Cristianismo está fundado sob fatos, fé e a revelação da verdade de Deus. As mitologias pagãs estão cheias de histórias que nunca aconteceram e aventuras de heróis que nunca existiram. A religião Cristã, ao contrário, está fundamentada sobre fatos históricos. A narrativa bíblica descreve homens que realmente viveram e eventos que de fato ocorreram.

O fundador do Cristianismo é uma pessoa real. Seu nascimento sobrenatural, ministério terrestre, crucificação, ressurreição para a imortalidade e a ascensão aos céus são eventos históricos. A Teologia que expõe o verdadeiro significado de Sua vida e obras está de acordo com os fatos e conforme a realidade. Um sinônimo bíblico para a mensagem de salvação do evangelho é a verdade. Quando alguém crê no evangelho, conheceu a verdade.

II. Importância da Verdade 
A verdade é importante? Faz diferença o que alguém acredita? Existe uma conexão direta entre a religião que alguém professa e o seu destino eterno? O conhecimento preciso é essencial para a salvação? Muitas pessoas afirmam que a fé religiosa não é importante, que a Teologia é desnecessária. Eles declaram que não faz diferença aquilo que alguém acredita desde que ele seja sincero e tenha boas intenções. Eles insistem que todos os caminhos religiosos levam a Deus, que as estradas onde os homens viajam podem ser variadas, mas o destino final para todas é o mesmo. Eles ensinam que todos os homens religiosos vão para o mesmo lugar.

Alguns homens sentem que as religiões pagãs são tão válidas quanto o Cristianismo. Eles pensam que Hinduísmo, Budismo, Taoismo e o Islamismo são tão bons quanto o Cristianismo. Eles sugerem que o Cristianismo deveria se unir com os melhores elementos de todas as religiões para criar uma religião universal. O Cristianismo, no entanto, não é meramente uma religião entre muitas; ele é a religião. Jesus é o único Salvador; Cristianismo é o único caminho para Deus. Todos os outros caminhos religiosos são ruas sem saída. Jesus disse “Eu sou o caminho, a verdade, e a vida; Ninguém vem ao pai senão por mim.” Paulo declarou: “Há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” Pedro falou: “Não há nenhum nome pelo qual importa que sejamos salvos.” O contato redentor com Deus só pode ser estabelecido através de Cristo.

O que alguém acredita é importante. Mas apenas sinceridade não é suficiente. É essencial que se creia na verdade. O pensamento sincero de que um frasco de veneno retirado de uma maleta de primeiros socorros é mesmo um frasco de remédio, não muda o seu conteúdo. O pensamento sincero de que alguém está na estrada certa quando na verdade ele está viajando na direção errada, não vai levá-lo ao seu destino. Milhões de pessoas pagãs que adoram ídolos e sinceramente acreditam que através deles alcançarão a salvação, na verdade estão perdidas e condenadas à destruição.

A fé é essencial para a salvação e o conhecimento da verdade é essencial para a fé. “A fé vem pelo ouvir e o ouvir da palavra de Deus” (Romanos 10:17). As quatro palavras-chave do Cristianismo são: Fatos, Fé, Sentimento e Fruto (no inglês: facts, faith, feeling and fruit). Os dois primeiros são requisitos; os dois últimos são resultados. A fé deve ser baseada em fatos; acreditar deve ser resultado da informação. A única fonte de autoridade para esta informação é a Bíblia.

O que alguém acredita faz toda a diferença. Para Adão e Eva fez grande diferença acreditar na mentira da serpente em lugar da verdade de Deus. A salvação é dependente da fé que alguém possui no evangelho. O evangelho é “o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16). A importância de se crer no evangelho é enfatizada na grande comissão dada por Cristo: “Ide por todo o mundo e anunciai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem não crer será condenado” (Marcos 16:15, 16).

III. Autoridade Final para a Verdade
Vendo que o Cristianismo está baseado na verdade e que o conhecimento da verdade é vital para a salvação, alguém poderá perguntar sobre o teste da verdade. Que medida alguém poderia usar para determinar o que é verdadeiro e o que é falso? Que padrão poderia usar para formular doutrinas verdadeiras sobre Deus? Qual é a autoridade final para a qual as questões teológicas deveriam ser encaminhadas? Qual é a fonte de verdadeira autoridade para a Teologia Sistemática?

Alguns homens buscam determinar a verdade divina consultando a posição das estrelas no céu, a formação das nuvens, o voo dos pássaros, as linhas nas mãos de alguém, o contorno da cabeça, folhas de chá, leitura de cartas, jogo de dados e a análise de sonhos. Estas e outras superstições similares não podem ser fontes válidas de informação a respeito da vontade e verdade de Deus.

Além disso, a prova final da verdade não é a razão humana, experiências subjetivas dos cristãos, tradição, livros sagrados das religiões pagãs, credos, concílios da igreja ou papas.

A Igreja Católica Romana afirma ter uma autoridade superior à Bíblia. Ela declara que escreveu a Bíblia e decidiu quais livros deveriam ser incluídos na Bíblia. Desta forma, ela sustenta que tem autoridade para estabelecer doutrinas e práticas não mencionadas na Bíblia. Por esta razão, a igreja de Roma tem formulado algumas doutrinas apócrifas como a trindade, a imortalidade da alma, purgatório, sucessão apostólica dos papas, penitências, transubstanciação da hóstia no verdadeiro corpo de Cristo e do vinho no verdadeiro sangue de Cristo, orações a Maria e outros santos mortos, a imaculada conceição de Maria, a infalibilidade dos papas, a ascensão de Maria aos céus, indulgências e o inferno de fogo para os pecadores hoje.

A posição Católica Romana é falsa. A Bíblia não é um livro Católico Romano. Ela não foi escrita por Católicos Romanos. A Igreja Católica Romana não é sequer mencionada na Bíblia. O Cânon com os livros do Novo Testamento foi completado no final do primeiro século. A Igreja Católica Romana não veio a existir senão depois de vários séculos após a Bíblia estar completa. Os Católicos não foram aqueles que decidiram quais livros seriam incluídos na Bíblia e quais seriam omitidos. A escrita da Bíblia foi concluída e seus livros tiveram sua autoridade e inspiração reconhecidos antes que a Igreja Católica viesse a existir. A Igreja Católica Romana resultou de um processo gradual em que o Império Romano era cristianizado externamente e a Igreja era paganizada internamente. Como o Cristianismo se tornou a principal religião do Império, os homens se tornaram membros da Igreja retendo muito de seus credos pagãos. Os credos pagãos e suas práticas foram gradualmente absorvidos pela vida e a Teologia da Igreja. Um processo de secularização e paganização durante os primeiros séculos da era da Igreja gradualmente resultou na existência da Igreja Romana.

Somente a Bíblia é a autoridade final para a doutrina Cristã. A Igreja não tem o direito de formular qualquer doutrina que não seja ensinada na Bíblia. A Palavra de Deus é a medida que alguém pode usar para determinar o que é verdadeiro e o que é falso. Ela é a fonte de autoridade da verdade para a Teologia Sistemática.

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