Capítulo
III
Fonte
de Autoridade da Teologia
A
Bíblia é a única fonte autorizada de verdades para a Teologia Sistemática. Ela
é a única autoridade para a doutrina e a conduta cristã. É a única e infalível
regra de fé e prática; é o teste da verdade. A Palavra de Deus é a autoridade
final onde as questões teológicas devem ser referidas. É a única medida que
alguém pode usar para formular doutrinas verdadeiras a respeito de Deus e Seu
relacionamento com o universo.
I.
Teologia e Verdade
O
Cristianismo é baseado em fatos. A Teologia da verdadeira religião cristã é
precisa; incorpora a verdade; está de acordo com a realidade. As doutrinas
teológicas da Bíblia estão de acordo com a mente de Deus, que é a verdade e a
fonte de toda a verdade.
As
religiões pagãs são caracterizadas pela ignorância, superstição e fantasiosa
especulação. O Cristianismo está fundado sob fatos, fé e a revelação da verdade
de Deus. As mitologias pagãs estão cheias de histórias que nunca aconteceram e
aventuras de heróis que nunca existiram. A religião Cristã, ao contrário, está
fundamentada sobre fatos históricos. A narrativa bíblica descreve homens que
realmente viveram e eventos que de fato ocorreram.
O
fundador do Cristianismo é uma pessoa real. Seu nascimento sobrenatural,
ministério terrestre, crucificação, ressurreição para a imortalidade e a
ascensão aos céus são eventos históricos. A Teologia que expõe o verdadeiro
significado de Sua vida e obras está de acordo com os fatos e conforme a
realidade. Um sinônimo bíblico para a mensagem de salvação do evangelho é a verdade. Quando alguém crê no
evangelho, conheceu a verdade.
II.
Importância da Verdade
A
verdade é importante? Faz diferença o que alguém acredita? Existe uma conexão
direta entre a religião que alguém professa e o seu destino eterno? O
conhecimento preciso é essencial para a salvação? Muitas pessoas afirmam que a
fé religiosa não é importante, que a Teologia é desnecessária. Eles declaram
que não faz diferença aquilo que alguém acredita desde que ele seja sincero e
tenha boas intenções. Eles insistem que todos os caminhos religiosos levam a
Deus, que as estradas onde os homens viajam podem ser variadas, mas o destino
final para todas é o mesmo. Eles ensinam que todos os homens religiosos vão
para o mesmo lugar.
Alguns
homens sentem que as religiões pagãs são tão válidas quanto o Cristianismo.
Eles pensam que Hinduísmo, Budismo, Taoismo e o Islamismo são tão bons quanto o
Cristianismo. Eles sugerem que o Cristianismo deveria se unir com os melhores
elementos de todas as religiões para criar uma religião universal. O
Cristianismo, no entanto, não é meramente uma religião entre muitas; ele é a religião. Jesus é o único Salvador;
Cristianismo é o único caminho para Deus. Todos os outros caminhos religiosos
são ruas sem saída. Jesus disse “Eu sou o caminho, a verdade, e a vida; Ninguém
vem ao pai senão por mim.” Paulo declarou: “Há um só Deus e um só mediador
entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” Pedro falou: “Não há nenhum nome
pelo qual importa que sejamos salvos.” O contato redentor com Deus só pode ser
estabelecido através de Cristo.
O
que alguém acredita é importante. Mas apenas sinceridade não é suficiente. É
essencial que se creia na verdade. O pensamento sincero de que um frasco de
veneno retirado de uma maleta de primeiros socorros é mesmo um frasco de
remédio, não muda o seu conteúdo. O pensamento sincero de que alguém está na
estrada certa quando na verdade ele está viajando na direção errada, não vai
levá-lo ao seu destino. Milhões de pessoas pagãs que adoram ídolos e
sinceramente acreditam que através deles alcançarão a salvação, na verdade
estão perdidas e condenadas à destruição.
A fé
é essencial para a salvação e o conhecimento da verdade é essencial para a fé.
“A fé vem pelo ouvir e o ouvir da palavra de Deus” (Romanos 10:17). As quatro
palavras-chave do Cristianismo são: Fatos, Fé, Sentimento e Fruto (no inglês:
facts, faith, feeling and fruit). Os dois primeiros são requisitos; os dois
últimos são resultados. A fé deve ser baseada em fatos; acreditar deve ser
resultado da informação. A única fonte de autoridade para esta informação é a
Bíblia.
O
que alguém acredita faz toda a diferença. Para Adão e Eva fez grande diferença
acreditar na mentira da serpente em lugar da verdade de Deus. A salvação é
dependente da fé que alguém possui no evangelho. O evangelho é “o poder de Deus
para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16). A importância de se crer
no evangelho é enfatizada na grande comissão dada por Cristo: “Ide por todo o
mundo e anunciai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será
salvo; quem não crer será condenado” (Marcos 16:15, 16).
III.
Autoridade Final para a Verdade
Vendo
que o Cristianismo está baseado na verdade e que o conhecimento da verdade é
vital para a salvação, alguém poderá perguntar sobre o teste da verdade. Que
medida alguém poderia usar para determinar o que é verdadeiro e o que é falso?
Que padrão poderia usar para formular doutrinas verdadeiras sobre Deus? Qual é
a autoridade final para a qual as questões teológicas deveriam ser
encaminhadas? Qual é a fonte de verdadeira autoridade para a Teologia
Sistemática?
Alguns
homens buscam determinar a verdade divina consultando a posição das estrelas no
céu, a formação das nuvens, o voo dos pássaros, as linhas nas mãos de alguém, o
contorno da cabeça, folhas de chá, leitura de cartas, jogo de dados e a análise
de sonhos. Estas e outras superstições similares não podem ser fontes válidas
de informação a respeito da vontade e verdade de Deus.
Além
disso, a prova final da verdade não é a razão humana, experiências subjetivas
dos cristãos, tradição, livros sagrados das religiões pagãs, credos, concílios
da igreja ou papas.
A
Igreja Católica Romana afirma ter uma autoridade superior à Bíblia. Ela declara
que escreveu a Bíblia e decidiu quais livros deveriam ser incluídos na Bíblia.
Desta forma, ela sustenta que tem autoridade para estabelecer doutrinas e
práticas não mencionadas na Bíblia. Por esta razão, a igreja de Roma tem
formulado algumas doutrinas apócrifas como a trindade, a imortalidade da alma,
purgatório, sucessão apostólica dos papas, penitências, transubstanciação da
hóstia no verdadeiro corpo de Cristo e do vinho no verdadeiro sangue de Cristo,
orações a Maria e outros santos mortos, a imaculada conceição de Maria, a infalibilidade
dos papas, a ascensão de Maria aos céus, indulgências e o inferno de fogo para
os pecadores hoje.
A
posição Católica Romana é falsa. A Bíblia não é um livro Católico Romano. Ela
não foi escrita por Católicos Romanos. A Igreja Católica Romana não é sequer
mencionada na Bíblia. O Cânon com os livros do
Novo Testamento foi completado no final do primeiro século. A Igreja Católica
Romana não veio a existir senão depois de vários séculos após a Bíblia estar
completa. Os Católicos não foram aqueles que decidiram quais livros seriam
incluídos na Bíblia e quais seriam omitidos. A escrita da Bíblia foi concluída
e seus livros tiveram sua autoridade e inspiração reconhecidos antes que a
Igreja Católica viesse a existir. A Igreja Católica Romana resultou de um
processo gradual em que o Império Romano era cristianizado externamente e a
Igreja era paganizada internamente. Como o Cristianismo se tornou a principal
religião do Império, os homens se tornaram membros da Igreja retendo muito de
seus credos pagãos. Os credos pagãos e suas práticas foram gradualmente
absorvidos pela vida e a Teologia da Igreja. Um processo de secularização e
paganização durante os primeiros séculos da era da Igreja gradualmente resultou
na existência da Igreja Romana.
Somente
a Bíblia é a autoridade final para a doutrina Cristã. A Igreja não tem o
direito de formular qualquer doutrina que não seja ensinada na Bíblia. A
Palavra de Deus é a medida que alguém pode usar para determinar o que é
verdadeiro e o que é falso. Ela é a fonte de autoridade da verdade para a
Teologia Sistemática.
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